Em Busca das Constelações

Capítulo 26

Han POV

Felicidade. Era essa a palavra que definia o que eu estava sentindo. (S/N) tinha acabado de dizer "sim" para o meu pedido de casamento. Eu estava com muito medo de ser recusado e estava muito entusiasmado por ter sido aceito.

Mas agora estava curioso. Minha namorada, não, minha noiva, tinha dito que havia algo para me contar. Ai, eu demorar até internalizar o fato de que (S/N) é minha noiva.

- Conte-me.

(S/N) se soltou dos meus braços e andou até a bolsa dela. Vi ela remexer na volta até tirar uma pequena caixinha de dentro. Ela voltou para dentro do coração de pétalas com um sorriso enorme no rosto.

Por falar nesse coração de pétalas, foi um inferno deixar ele certo. Chan tinha vindo aqui em casa depois que saímos para comprar as rosas e as velas. Inclusive, encontrar as velas também foi um saco. E a vendedora da loja de velas nos olhou com cara de quem nos acham loucos. Não a julgo. Também acharia um cara que compra vinte e cinco velas aromáticas com cheiro de rosas de uma vez meio pancado da cabeça.

Nós tínhamos demorado quase duas horas só para ajeitar o coração. Tá certo que na maior parte do tempo estávamos arrancando as pétalas de rosa para poder fazer o formato, mas demorou muito tempo igual. Amém senhor Chan estava comigo, se não teria terminado isso só amanhã.

Agora eu olhava fixamente para a caixinha na mão de (S/N). Uma sombra escura estava projetada nela, mas pude ver que era azul claro. Ela estendeu o objeto na minha direção.

- O que é?

- Abre que você descobre.

Peguei a caixinha desconfiado. Ela tinha uma pequena fita branca que a envolvia, presa em um laço no topo do papelão. Puxei uma das pontas chanfradas e o laço se desfez, deixando a fita cair no chão. Tirei a tampa da caixa, revelando um ursinho de pelúcia pequeno. Peguei ele nas minhas mãos.

- Um... ursinho? - perguntei, confuso.

- Eu falei que essa não era a forma mais explícita de se dizer isso. - (S/N) comentou. Ela levou a mão até o bolso da calça, tirando algo de dentro e me mostrando.

- Isso é um termômetro?

- Ô, meu deus. Vamos lá, Hannie. Força um pouco o cérebro.

Oxi. Um ursinho minúsculo. Um negócio que parecia um termômetro. O que diabos ela estava tentando me dizer.

Eu fiquei olhando para os dois objetos, até que me veio uma luz.

- Pera... você está grávida?! - perguntei e o sorriso de (S/N) alargou.

- Aham.

- Eu vou ser pai?!

- Sim, senhor.

Eu soltei a caixa e o ursinho que estava segurando e levantei (S/N) no ar, a abraçando fortemente. Ela apoiou as mãos na minha cabeça, passando os dedos entre os fios.

- Eu achei que eu não poderia ficar mais feliz. Você conseguiu me provar o contrário.