10 - A espera paciente

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Bianca agradece uma moça que acaba de comprar um de seus brigadeiros e se despede. Quando olha para frente, sente seu coração disparar, Julien se aproxima, segurando uma rosa vermelha. Ela o acha tão estonteante, que parece um sonho.

- Bonjour, ma cherie.

- Bonjour! - ela sorri e pega a flor que ele lhe entrega.

- Vim comer um brigadeiro, e... te ver. Como está?

- Vou bem, obrigada. - responde, olhando sua rosa.

Ele escolhe um doce com granulados coloridos e dá uma mordida generosa.

- Desculpe minha ausência, eu estou cheio de problemas pessoais.

- Tudo bem, eu entendo... Sua namorada, não é?

- Minha namorada? - pergunta, sem graça. - Sim, minha namorada.

Ela abaixa a cabeça, pensativa, sabe que Julien vive um relacionamento conturbado e que deve ser muito dificil para ele.

O rapaz termina de comer o doce e pega a mão dela, surpreendendo-a, e segura sua mão e a rosa que ela segura ao mesmo tempo, com ternura, sentindo uma conexão única entre eles.

- Mas não pense que me esqueci de você, ma cherie... Eu gosto de você, mas preciso de um tempo. Pode me dar esse tempo?

Ela olha bem no fundo dos olhos dele, procurando sinceridade.

- Eu espero o tempo que for, Julien...

Os olhos do francês demonstram uma mistura de gratidão e alívio ao ouvir a resposta de Bianca.

- Obrigado, Bia. Você é tão compreensiva... - ele diz, com a voz carregada de emoção.

Bianca sorri suavemente e coloca sua outra mão sobre a dele. A rosa vermelha, símbolo do amor e da paixão, permanece entre eles como um lembrete de suas emoções compartilhadas. Ambos sentem que, no momento, estão onde precisam estar.

De repente, ela se lembra da carta que ainda permanece dentro da bolsa.

- Tenho algo para você, que estou guardando há dias.

- Para mim? - pergunta, sorrindo largamente.

- Sim! - ela se levanta e apanha sua bolsa, dentro da cestinha da bicicleta, em seguida, pega a carta e o entrega.

Imediatamente, ele começa a abri-la.

- Abra em casa, por favor? Eu... Tenho vergonha. - E demonstra isso mordendo seu lábio inferior, ao olhar no chão.

- Bobinha... Você não precisa ter vergonha de mim, ma chérie - responde ele, rindo.

- Eu insisto!

Mas o rapaz a ignora e começa a ler sob o olhar nervoso dela.

"Julien,

Sabe qual sempre foi o segundo maior sonho da minha vida? Encontrar um cara gentil, atencioso e lindo. Alguém em que eu possa confiar e ter sempre ao meu lado. Eu realizei esse sonho de um jeito tão inesperado, que é até difícil de acreditar...

Sabe aquela sobremesa que é tão boa, que quando acaba, a gente precisa provar mais um pedaço? Com seu jeitinho único, você me cativou e me deixou querendo mais.

Quando te conheci, não esperava que fosse se tornar tão especial para mim, mas em pouco tempo você se tornou meu melhor amigo, que me faz rir, me apoia e dá sentido a tudo o que faço.

A jornada de uma estrangeira Onde histórias criam vida. Descubra agora