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VIOLET
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O relógio marcava três da manhã e eu havia acabado de pregar o olho, mas acordei com o barulho do meu celular tocando. Um mês se passou desde à nossa despedida, e tem sido bem difícil segurar às pontas. Querendo ou não, eu sinto muito sua falta. Eu sequer sabia de notícias, eu não o vejo há um mês e confesso que a saudade estava maior do que a dor que eu sentia. Dentro desse mês, disquei seu número inúmeras vezes, mas não liguei. Entrei no meu carro para ir até sua casa, mas sequer saí da garagem. Escrevi muitas mensagens, mas nenhuma delas foram enviadas. Nossas fotos ainda estavam salvas em meu celular, eu sequer tinha coragem de apagá-las e nem sei se quero me desfazer delas, assim como minha caixa postal no celular, que estava lotada com sua voz rouca falando palhaçadas, babaquices ou até mesmo sacanagens.
Harry estava cumprindo com o que eu pedi.
Ele não me procurou.
Eu não sei se ele já estava seguindo sua vida, se já estava com outra, se estava com ela. Eu não sei se nada, Victoria e Jason ainda mantém contato com ele e eu me seguro para não perguntar nada. Querendo ou não, ele é padrinho de Jodie, eu apenas me pergunto se ele vem até o apartamento ao lado e passa pelo o meu sem sentir nada. Sem sentir nenhuma pontinha de saudade.
Esfrego meus olhos e pego o telefone, sendo obrigada a esfregar novamente meus olhos para ver se eu não estava ficando louco ou se ainda estava sonhando. Mas não. O visor tinha como nome "Harry", fazendo meu corpo se arrepiar e eu me sentar na cama, atendendo o telefone.
— Harry? — murmurei com a voz rouca devido o sono. — São três da manhã, o que aconteceu?
— Te acordei?
— Sim.
— Me desculpe, eu bebi além da conta e custei muito para achar seu contato, está tudo girando. — ouço ele rir animadamente pela ligação, Harry estava podre de bêbado. No fundo da ligação, um murmurinho acontecia e podia ouvir uma música. — Se eu aparecer na sua casa agora, poderemos transar igual da última vez?
