remus lupin - mɑldiçα̃o.

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Viver com uma maldição com certeza é algo que eu nunca desejaria para alguém. Não podia evitar, não podia simplesmente ignorar àquilo que vivia de geração em geração em minha família.

As vezes eu queria ter nascido como um homem.

Digo, os homens da geração de minha família são imunes à isso, enquanto nós mulheres, sofremos. As vezes eu gostaria de poder viver uma vida normal, em que poderia ser apenas uma bruxa normal, como qualquer outra. Mas eu não podia. Eu estava quebrada por dentro.

Eu não sabia com quantos anos a maldição me atingiria por completo e não estava nem um pouco ansiosa em descobrir. Poderia me atingir quando completasse meus dezessete anos, ou quando eu estivesse com trinta. Nunca soube. A maldição apenas chegaria e eu teria que estar preparada para isso.

Hoje era Lua cheia. Uma das noites mais traiçoeiras para alguns, e as mais bonitas para outros. Os lobisomens estariam à solta, sendo dominados pelo seu lado lobo, e eu esperava que eles estivessem escondidos, sem atacar ninguém. Digo isso, pois sei que alguns deles se acham uma doença, assim como eu me acho uma. Diferente das duas espécies, eles se transformam apenas na lua cheia, já a minha, se transformaria pela vida toda.

Eu estava na floresta proibida. Não tinha medo de estar ali, apenas estava. Acho que não tinha medo se algo poderia acontecer comigo, eu poderia ou me defender, ou ser morta. As duas coisas não importavam.

A Lua cheia iluminava grande parte da floresta, já a parte escura estava coberta pelas folhas das árvores. Um vento gélido batia em meu rosto, fazendo fios de cabelos voarem para trás. Respirei fundo, sentindo como se aquele fosse minha última noite. Talvez poderia ser.

Amanhã, eu completaria dezesseis anos e como dito, a maldição poderia me atingir. Geralmente, quando é seu aniversário, você fica ansioso ou entediado por completar mais um ano de idade. Já eu, sentia medo. Eu gostaria de aproveitar tantas coisas na vida, ser amada, e talvez ter um filho. Mas sei que nunca poderei amar alguém, não aguentaria ve-lo sofrer, e não queria ter filhos com risco de ter uma menina e ela passar pelo mesmo que passei.

A floresta estava silenciosa. Era estranho, uns dois segundos atrás, estava com barulhos de sons. Isso me manteve alerta. Quando os bichos se silenciavam, havia um predador por perto. De repente, escuto um rosnado atrás de mim. Meus pelos se arrepiaram. Lentamente, me virei, tendo a visão de um lobisomem me encarando.

Céus, eu nunca tinha visto um pessoalmente.

Ele tinha uma cor clara, a luz da lua refletia sua pelagem, e trazia um certo brilho. Ele tinha marcas de unhas pelo corpo, sangue jorrava de sua pele, sua boca estava aberta mostrando os dentes pontuados. Em um baixo som, me afastei, mas seus olhos encaravam com certa vontade de me matar.

Antes que ele desse um passo, um cervo magnífico pulou em sua frente, o lobisomem rosnou, e então um cachorro preto apareceu por de trás de mim. Ele me olhou e olhou para o lobisomem, aí que eu havia percebido; o lobisomem, o cervo e o cachorro eram humanos. Possivelmente, Estudantes de Hogwarts.

⸻ 𝗛𝗔𝗥𝗥𝗬 𝗣𝗢𝗧𝗧𝗘𝗥 𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘𝗦Onde histórias criam vida. Descubra agora