Detetive Particular (Hawks BNHA)

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Boa noite minha gente safada, como estão?

Esse foi um pedido que recebi lá no Spirit e meu deus, amei escrever. Talvez tenha até parte 2.

Divirtam-se.

AVISO: SEXO DESPROTEGIDO

Não revisada

xxx

A claridade turva das luzes da cidade que entrava na sala escura de seu escritório lhe conferia atmosfera noir

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A claridade turva das luzes da cidade que entrava na sala escura de seu escritório lhe conferia atmosfera noir. Parecia estar em um romance policial dos anos 60. Havia meus motivos muito bem esclarecidos para procurar um detetive particular a essa altura do campeonato. Sabia que meu marido me traia, sabia que estava armando em complô com a amante meu assassinato, afinal, era minha herança que mantinha sua boa vida de extravagância e ostentação.

Eu estava cansada, no auge dos meus 27 anos, tinha plena consciência de que havia casado por pressão e impulso. Nem apaixonada eu estava. A sociedade exige que aos 30 você seja uma mulher bem sucedida, casada e de preferência procriando o mais rápido possível, pois seu reloginho biológico já está gritando. Besteira!

"Você tem uma foto dele?" perguntava o homem sentado em sua velha cadeira giratória. Via seus olhos semicerrados por causa da fumaça do cigarro que subia em abundancia pela ponta queimada. A cada tragada o rapaz loiro sugava o ar de maneira sensual, recostando-se no encosto da cadeira, batendo levemente os dedos sobre a mesa bagunçada.

Observava-o com atenção e desconfiança, a luminosidade de fora passava pelas persianas abertas deixando marcas amarelas na escuridão da sala. Algumas faixas iluminavam meu rosto enquanto encostada na parede ao lado da porta. Encarei-o por um longo período de tempo, questionando-me se valia mesmo a pena estar aqui nessa espelunca empoeirada contratando a alto custo um detetive particular para seguir meu marido infiel e possivelmente homicida.

"Aqui esta" caminhei até sua mesa fazendo meus saltos rangerem o assoalho de madeira mal encerado. Depositei em sua bagunça algumas fotos do homem que já não suportava mais ter perto de mim. As imagens foram tiradas do álbum de família, todas em contexto de alegria e comemoração. Como a vida é miserável, não é?

"Como a vida é miserável" sussurrou ele sorrindo rasteiro para mim. Assustei-me com sua capacidade em me ler.

"Você pode fazer o trabalho para mim?" perguntei escondendo meu espanto. Não deixaria que ele levasse vantagem sobre mim, não nesse contexto.

"Sim" disse ele tragando o que restava de seu cigarro, apagando-o num cinzeiro amarelado e abarrotado de pontas amassadas.

O rapaz não devia ter mais que 25 anos, era jovem de mais para ser confiável, mas era lindo, disso eu não podia negar. Tinha belos cabelos amarelados jogados para trás, não sei se pela falta de lavar ou por gel; seus olhos eram cor de mel, muito bem desenhados por um delineado fino e bem feito; tinha um cavanhaque mal feito que dava-lhe ares de desleixado, mas nem por isso menos bonito. Sentir-me atraída por ele podia ser parte do seu jogo manipulador. Se tinha algo que aprendi com minha vida em meio a homens poderosos é que não se pode confiar em nenhum deles, nem no mais feio e desengonçado, nem no mais lindo e agradável. Todos eram passiveis de trair.

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