Capítulo 33

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Ela põe os óculos e se abaixa um pouco, ficando ainda mais próxima para olhar a tela, o que o faz ficar tenso.

Sônia- Gostei desta. (Aponta, o que faz Gui se afastar).

Guilherme- Eu ainda não entendi o motivo de almoçar e conversar.

Sônia- Eu não sei você, mas tenho muito o que dizer. (Se ergue). Da última vez só você falou o que bem quis e... Pode olhar para mim, por favor?

Ele se vira a olhando e não sabia como fazer para não a admirar, então tenta ser direto.

Guilherme- O nosso acordo foi de nos mantermos sócios, lembra?

Sônia- E para isso precisa me tratar assim? Nem olha na minha cara. Fica aí olhando... Isso! (Diz irritada).

Guilherme- Diz o que você quer, eu já estou olhando. Almoço? O quê? Fala...

Sônia- Nada! Eu não quero nada. (Se afasta e volta a sua mesa) Até porque não teria espaço para nós três a mesa. No caso, eu, você e a sua estupidez.

Guilherme- Não quis ser estupido.

Sônia- Quis sim! Você gosta de me magoar.

Guilherme- Você não é sensível assim... (Percebe como ela fica irritada a ouvir). Eu não vou brigar com você. Sexta tem a viagem... (Tenta mudar de assunto).

Sônia- Eu sei! Já estou me organizando.

Guilherme- Acho melhor eu ir.

Sônia- Eu vou! (Já tinha perdido toda a pouca paciência que tinha).

Guilherme- Então vamos os dois, assim também não fica a dúvida se o outro aprova ou não.

Sônia- Posso fazer isso sozinha.

Guilherme- Se não morrer do coração antes do voo decolar.

Sônia- Espero que tenha uma boa desculpa para sua noivinha, já que vai viajar com a vizinha que tanto correu atrás.

Guilherme- Eu posso dizer que agora é a vizinha que me convida para almoços e eu os recuso.

Sônia fica furiosa e sai da sala batendo a porta.

Após muito tempo ela retorna e claramente continuava irritada.

Guilherme fez menção de falar algo, mas ela o corta.

Sônia- Olha, você não me provoca.

Guilherme- Já escolhi as modelos. (Diz segurando o riso pela irritação dela).

Sônia- Manda a foto e o que precisar falar, não fale, eu não quero ouvir a sua voz.

Guilherme- Você não quer ouvir e eu vou ter que fazer voto de silêncio?

Sônia- Por favor.

Guilherme- Uma sociedade não funciona assim. (Fala em um tom provocativo).

Sônia- Também acho que não funciona.

Guilherme- Olha, se pretende tentar outra vez me tirar daqui...

Sônia- Não se preocupe. (Gui estranha a fala dela). E assim como você não quis olhar na minha cara, eu não quero mais ouvir sua voz hoje.

Guilherme- Então amanhã... (Tenta provoca-la).

Sônia- Inferno! (Acaba sorrindo, mas disfarça). Me deixa trabalhar.

Beleza Pura- Reescrevendo Sônia e GuilhermeOnde histórias criam vida. Descubra agora