Um pai para o meu filho || KSJ × KTH

Não foi dessa vez, pt. 1

─ Bom dia, Srs. Kim. ─ A menina animada entrou com sua barriguinha de 2 meses. O tempo havia passado e ninguém descobriu de nada. Nem a assistente social, muito menos o primo de Seokjin, Yoongi.

Ele, Jimin, seu vizinho e seu filhinho já haviam voltado para a Inglaterra há alguns dias atrás e o médico estranhou, já que o reencontro do seu amigo com o professor não tinha dado em nada, mas mesmo assim, ele não perguntou ao mais novo, por estar tão ocupado cuidando para que Taehyung não colocasse tudo a perder.

─ Hoje é meu ultrassom. Estão preparados para ouvir o coração do neném?

Seokjin sorriu. ─ Mais preparado do que nunca. Eu... q-quer dizer, nós estamos muito empolgados e emocionados para isso, não é, querido?

─ Sim, sim. Muito. ─ Taehyung disse, breve.

Pegaram o carro do mais velho, e Taehyung ficou no banco do passageiro, enquanto Jasmin no banco traseiro. Ela conversou sobre seus planos depois de parir e que desejava ir para a faculdade.

Pobrezinha, Jin pensava. Era só uma menina que queria seguir seus sonhos, e querendo ou não, o mesmo agradecia muito por ela estar dando seu bebê para si.

Chegaram no hospital e logo quando foram chamados, entraram sem demora dentro do consultório. Ver o bebê foi lindo e emocionante para Jin.

Inconscientemente, ele agarrara o braço de Taehyung como forma de extravasar tudo o que estava sentido.

Até que, as batidas rápidas e bem altas foram ouvidas por toda a sala branca e silenciosa da médica.

Sim, era o coração do bebê.

Uma emoção tomou conta do peito de Seokjin, e a primeira coisa que ele fez foi olhar nos olhos de Taehyung e dizer em voz baixa. ─ Tae, é o coração do nosso bebê.

O mesmo ficou emocionado. Já havia visto muitos filmes onde as mamães e os papais ouviam os corações de seus bebês e se emocionavam, porém naquele momento, ele sentiu a mesma sensação, ou até 100× pior. E mesmo que aquilo que ele e Jin tinham não fosse realidade, ele tentou viver aquilo como se fosse uma. ─ Sim, nosso bebê. ─ Sussurrou.

No término da consulta, levaram a Jasmin para o hotel, onde ela estava hospedada, e voltaram em um silêncio confortável. A voz leve de Bruno Mars soava na rádio e os batuques que Taehyung fazia com os dedos não incomodavam nem um pouco Seokjin.

Até que, ele começou a cantarolar a música baixinho, mas fazendo o médico pediatra ouvir. ─ Uau!

Taehyung o olhou, confuso. ─ O que?

─ Você tem uma voz linda. ─ Virou a esquina. ─ Tem algum talento a mais seu que eu não saiba?

O mais novo sorriu. ─ Acho que não... ─ Olhou para cima, pensando. ─ Eu te falei que eu amava fotografia e havia feito o começo do curso.

─ Lembro bem. Você também me disse que havia saído de casa. Posso saber o porquê?

─ Acho melhor não contar. ─ Sorriu, triste. ─ Nunca estarei preparado psicologicamente para contar essa situação. Então, prefiro nunca comentar.

─ Entendi... ─ Exatamente nesse momento que o assunto morreu e a situação se tornou desconfortável.

A música de Brunos Mars não era mais agradável e os batuques já haviam acabado. Seokjin decidiu quebrar o gelo. ─ Por que você escolheu fotografia? Além do amor. Queria uma explicação.

─ Hum... ─ Pensou mais um pouco. ─ Quando tiro fotos, as pessoas que vejo pelas lentes, as paisagens, as ruas e o céu. Não são apenas fotos, mas uma verdadeira fonte de força para mim. As emoções que senti, ainda estão dentro de mim, eu consigo senti-las até mesmo agora.