Melhor pai

365 65 11
                                    

O sol forte que batia no rosto do homem de 37 anos o fez despertar rapidamente. Tentando se acostumar com a claridade, cerrou os olhos e colocou sua mão na frente dos mesmos para os proteger. Pôs os pés para fora na cama, sentindo o chão frio pela chuva torrencial de ontem à noite.

Levantou-se em um ato claramente preguiçoso e se certificou de calçar seus chinelos como forma de proteção para os seus pés. Sentia-se bem, depois de muito tempo. Estava feliz, e tinha a impressão que teria boas notícias naquele dia de Natal.

Ah... 25 de dezembro, o nascimento de Cristo.

O dia onde o capitalismo se dá muito, muito bem. As pessoas estão propensas a amar mais, ter mais carinhos, ser mais solidários. Prometem ser pessoas boas, mesmo que o ano todo estejam fazendo coisas horríveis sem ligar para o próximo. Onde a hipocrisia toma forma, onde...

Ok, o dia não estava começando bem do jeito que Seokjin gostaria. Já estava tendo pensamentos negativos novamente.

"Para, hoje é um dia lindo, você vai fingir para sua filha que papel noel existe e dará alguns presentes para ela. " ─ Concordou consigo mesmo, entrando debaixo da água quente do chuveiro que acabara de ligar.

Como tudo tinha mudado em 5 anos...

Namjoon se casou duas vezes, em menos de 2 anos. Continua morando na Inglaterra e aparentemente está muito feliz com sua atual esposa; Yoongi, Jimin e Henry voltarão a Nova York por vontade própria. Eles disseram que vieram para ficar, deixando o primo muito feliz; Jin recebeu notícias de Jasmin. A mesma conseguira se formar em letras e já está dando aulas em um escola primária; Hoseok e Jungkook? Bem... É uma longa história.

Eles estão noivos.

Morando juntos, aliás.

"Quando Hannah completara seus 4 meses de vida, Seokjin estava tentando aguentar a barra que era nãoter mais Taehyung em sua vida. Se segurou e sempre olhava à bebezinha para ao menos ser retirado vazio que sentia em seu peito. Desde que Taehyung saira, Jin descobriu que havia se apaixonado por ele. Talvez aquela palavra era muito pequena para o que o mais velho começou a sentir por Taehyung.

Sentia saudade, raiva, confusão, decepção, frustração e arrependimento. Tudo ao mesmo tempo.

Precisava de um amigo para desabafar ou pelo menos se distrair daqueles pensamentos e sentimentos. Quando chegara na casa de Hoseok, percebeu que a porta estava destrancada, algo que não ocorria, já que o mais novo era bem atento sobre sua casa. O Kim entrou na casa lentamente com a sua bebê no colo caladinha.

Estava tudo silencioso e estranhamente desarrumado. Havia algumas roupas no chão da sala e dois copos usados em cima da mesinha de centro de Hoseok.

Ele estaria com visitas naquele dia?

Jin tirou sua dúvida quando entrara no quarto do seu amigo e viu a cena mais inusitada da sua vida: Hoseok e Jungkook cobertos pelos lençóis, sem roupas e abraçados.

Ok, eles estavam em cima de uma cama, sem roupas e abraçados.

Seokjin arregalou os olhos para aquilo. Ele não estava entendendo nada. Iria sair dali como se nada tivesse acontecido, mas ouviu Hoseok dizer rouco. ─ Bom dia, amor. ─ Beijando a cabeça de um Jungkook adormecido.

Sorriu para o mais novo e só percebeu a presença do pediatra ali, quando Hannah fez uma barulhinho de bebê. ─ Jin? ─ Sussurrou, esganiçado.

─ Eu não estou aqui! Eu não estou! ─ Saiu do quarto apressado com a bebê. 

─ O que está fazendo aqui? ─ Hoseok apareceu na sala, já vestindo com sua calça moletom.

Um pai para o meu filho || KSJ × KTH Onde histórias criam vida. Descubra agora