Não havia desespero quando eles saíram pela porta conferindo se tudo estava no lugar. Hoseok e Jungkook iriam também para o hospital e Seokjin estava muito feliz por aquele momento finalmente ter chegado.
Sua filha nasceria.
─ Pegou tudo, Tae?
─ Peguei, bonitão. Não se preocupe. ─ O mais novo passou ao seu lado, indo na frente. Jin parou. Taehyung nunca mais o chamara daquele apelido. Ele até poderia dizer que estava com saudades.
─ Quando vocês vão se resolver e ficar juntos? ─ Jasmin perguntou ao seu lado.
─ De onde você tirou isso?
─ Os olhares e os comportamentos, Sr. Kim. Eu sou nova, mas também não sou burra. ─ Caminhou para perto de Taehyung, que estava esperando o elevador mais afastado. ─ Vocês deveriam conversar sobre isso. ─ Realmente, Jin gostava muito de dar conselhos amorosos, porém não conseguia resolver sua própria vida.
Por hora, ele tentaria esquecer aquilo para focar em sua filha.
─ Ai! ─ A menina reclamou dentro do carro.
─ O que foi, Jasmin? ─ Taehyung perguntou, olhando para trás.
─ Acho que foi uma contração. Dói muito!
─ Vai mais rápido, Jin.
─ Eu estou indo o máximo que eu posso. ─ Acelerou mais.
Chegaram depressa quando Jasmin começou sentir as primeiras contrações. Por enquanto, ela não estava sentindo nada a mais e eles apenas estavam esperando a próxima chegar.
Em cima da cama de Hospital, Jasmin olhou para o dois homens e sorriu. ─ Vocês vão ser ótimos pais. ─ Esqueceu que os dois, de fato, não eram casados.
Jin sorriu, não ligando. ─ Obrigado. Agora se preocupe em fazer um ótimo trabalho.
─ Eu v... ─ Fez uma careta de dor. ─ O-outra contração. ─ Começou a gritar, desesperando os dois homens que estavam consigo.
─ Respira... ─ Taehyung dizia baixinho para tentar ao menos aliviar a dor da menina.
Jin se impressionou com aquilo, e involuntariamente pensou em como seria se os dois fossem pais daquela criança. O quanto Taehyung seria babão, amoroso e perfeito...
"Céus, o que é isso que eu estou pensando?" ─ Se perguntou, assombrado.
Depois de 30 à 40 segundos, as contrações acabaram e eles puderam respirar aliviados, mas depois de minutos e até horas, eles continuaram ali, acalmando as contrações da menina, porque ela não havia parido ainda.
─ Já está com 8 centímetros de dilatação. ─ A médica disse, carinhosa. ─ Pronta para ver seu bebê?
Jasmin sorriu, olhando para os dois que estavam ao seu lado. ─ Pronta.
(...)
─ Força, Jasmin. Já estamos vendo a cabeça. ─ A obstetra gritava para a menina, que também gritava como resposta pela dor que sentia. ─ Agora você precisa fazer mais força.
─ Eu não aguento mais!
─ Olha para mim, Jasmin. ─ Taehyung disse. Jin estava do outro lado da maca, também quase gritando. ─ Esse bebê precisa vir ao mundo, entendeu? Sei que está doendo, mas você está indo muito bem. Só precisa fazer mais força. Você consegue! ─ Ofereceu seu sorriso quadrado.
─ O-ok, eu consigo. ─ Respirou fundo, e começou a gritar, fazendo mais força para o bebê sair. Ao seu lado, Jin já estava emocionado com tudo que estava acontecendo. Olhando para frente, seu olhar se encontrou com o de Taehyung.
Era intenso como fogo, do jeito que sempre se olhavam nos dias que fingiram ser casados. Ele não entendia porque ou como, porém podia sentir uma conexão de longe com o mais novo.
Algo que lhe assustava um pouco.
Seus pensamentos foram interrompidos por um choro alto da bebê. Era forte e para si, emocionante. A primeira coisa que fez, foi olhar novamente para Taehyung, que retribuiu sem demora, sorrindo grande também.
─ É uma bebê linda! ─ A médica exclamou.
A bebê estava no colo de Jasmin, quando ela deu calmamente a Jin. Os médicos já levariam ela à sala para a mesma se recompor. Eles nunca mais se veriam de novo, como era o combinado do contrato da Instituição.
─ Agora ela é sua, Sr. Kim. ─ Sorriu. ─ Cuide dela, a ame e dê o valor que eu nunca poderia dar. Obrigado por tudo. ─ Foi levada. ─ Adeus, Srs. Kim!
─ Adeus, querida... ─ Sussurrou de volta e olhou para frente. ─ Taehyung... eu tenho um bebê.
─ É, Jin. Você tem. ─ Se aproximou e tocou nos cabelos ralos da bebê minúscula.
Riu emociando. ─ Agora escolhe o nome dela.
Pensou. ─ Será Hannah. ─ Sorriu. ─ Significado de graciosa...
─ Boa escolha. ─ Olhou carinhoso para o mais novo, como nunca fizera antes.
Mostrou a criança para os amigos que estavam impacientes no lado de fora e esperaram a hora que eles poderiam levar a criança para casa.
Quando chegaram no apartamento, deixaram a pequena bebê, a qual Jin estava apaixonado mais a cada segundo, no berço ao meio da sala de estar. Jin entrou no seu quarto, pegando o envelope que estava guardado há algum tempo. ─ Tae, vem aqui, por favor.
O mais novo chegara rápido. ─ Oii.
─ Quero te dar uma coisa. ─ Se aproximou com o envelope gordo de dinheiro. ─ Como prometido e combinado, o que eu te devo, por ter feito tudo isso por mim sem desistir.
Taehyung arregalou os olhos. ─ O-oh, Jin... e-eu.
─ Não precisa dizer nada. ─ Colocou as mãos nos bolsos, triste. ─ Agora, você pode seguir sua vida com esse dinheiro. Vá atrás do seus sonhos.
─ Você quer isso?
─ Claro que eu quero! Você precisa ser feliz.
─ E quanto a você e Hannah?
─ Não se preocupe com isso. Nós iremos ficar bem. ─ Falou sorrindo, mas só ele sabia a dor no peito que estava sentindo por dispensar Taehyung do seus "serviços".
─ J-já que você insiste. ─ Riu, triste. ─ Eu vou viver minha vida. Eu espero que v-você seja muito feliz com a Hannah, Jin. Você m-merece uma filha do jeito que sempre sonhou. ─ Por impulso, se aproximou do mais velho e o abraçou apertado. ─ Foi muito bom passar esses meses com você.
Jin estava com os olhos arregalados e feliz pelo abraço. ─ Igualmente. Vou sentir sua falta. ─ Riu. ─ Trate de ser um fotógrafo bem famoso, hm? ─ O abraço foi encerrado.
─ Eu prometo. ─ Sorriu. ─ Vou me despedir da Hannah e ir embora. Obrigado por tudo. ─ Saiu pela porta.
As coisas não deveriam ser assim.
Os dois não precisavam se separar."Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência dos agoras é que você existe." - Clarice Lispector.
Jin não fez nada quando Taehyung pegou Hannah e lhe deu um beijinho. Não fez nada quando ele olhou para casa e se despediu da mesma. Não fez nada quando o mesmo estava indo em direção a porta. Também não fez nada quando ele acenou para si e saiu pela mesma."Atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença. Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto. A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender.” - Clarice Lispector.
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Um pai para o meu filho || KSJ × KTH
RomanceDesde seu quarto silencioso na infância, até seu apartamento vazio na fase adulta, Seokjin tinha um sonho; a paternidade. Ter uma criança em seus braços para chamar de sua era um desejo que ele tinha, e estava disposto a conseguir quando completara...