You, Anyway, You - Shirbert + Harry Potter

Eu também gosto de você

❥ Eu gosto muito de você, faria tudo para te ver bem, até mesmo mudar meu pensamento

UMA COISA QUE EU ODEIO na minha vida escolar é aula de poções, prefiro feitiços ou vôo ou qualquer outra coisa que não seja essa aula, ela me cansa e me entedia tão rápido que eu sempre acabo perdendo o horário de ir para a sala de aula e uso o vira-tempo.

— O que vai fazer no resto do dia? -pergunta Scorpius do meu lado.

— Estudar e estudar mais um pouco.

— Por Merlin Anne, não se sobrecarregue tanto. Que tal vc ir no jardim comigo? Prometo que vamos fazer coisas legais.

— Eu tenho mais três aulas Scorpius.

— Você vai pra elas semana que vem, vamos por favor. -ele faz uma cara de cachorro sem dono.

— Você não é uma boa influência pra mim. -eu reviro os olhos cedendo. — Ok, eu vou com você mas antes vamos passar no meu quarto para eu deixar todos esses livros.

— Seria tudo tão mais fácil se pudéssemos aparatar. -ele dá um longo suspiro e eu dou de ombros seguindo até a sala comunal da minha casa.

— Eu não sei qual é essa sua obsessão em me levar para lugares de Hogwarts que eu não conheço e parece que também ninguém conhece. -falo sendo guiada pelo menino por causa da venda dos olhos até um canto do jardim onde eu supostamente não conhecia.

— Você tem que relaxar, tem quatorze anos e parece que tem setenta e por isso eu vou te ajudar a relaxar do meu jeito.

— Você tem dezesseis e parece que tem dez, quer falar de que? acho que você deveria ser mais responsável. -não precisava estar com os olhos abertos para saber da revirada de olhos que ele deu.

— Chegamos. -ele me para em um canto. — Não é nada demais mas eu espero que você goste -ele fala animado e tira minha venda dando visão a um pano de piquenique estendido com algumas comidas por cima junto da cesta ao lado.

— Como convenceu a cozinheira a te dar toda essa comida? -falo olhando diretamente para o bolo de cenoura com cobertura de chocolate, uma receita trouxa mas a minha favorita.

— Eu sou um Malfoy. Aposto que se você começasse a usar seu sobrenome para conseguir as coisas você se daria muito bem.

— Eu prefiro conquistar as coisas por mérito próprio, obrigada. -sento em um lado do pano estendido. — Acho que desse jeito enche mais o meu ego. -falo mordendo um morango.

— Gosto do seu jeito Anne, você sabe o que quer e isso me fascina.

— Para fascinar mais ainda você deveria mudar seu pensamento sobre mulheres. -eu alfineto.

— Não vamos falar disso agora ok? Não quero discutir com você. -ele fala a última parte baixo e se senta ao meu lado acariciando minha mão livre. — Eu gosto muito de você, faria tudo para te ver bem, até mesmo mudar meu pensamento. -ele passa o polegar pelo meu rosto com a mão livre e eu aperto sua mão indicando que agradecia por ele estar falando aquilo.

— Está se declarando pra mim ou algo assim Malfoy? Eu tenho quatorze anos, são dois anos de diferença -eu alerto em um tom provocativo.

— E o que são dois anos na história do amor? Seus pais se casaram mesmo tendo dois anos de diferença.

— O assunto não é meus pais -abaixo a cabeça, sabia exatamente o que ele queria fazer com isso.

— Eu gosto de você Anne. Não me importo de repetir isso mil e uma vezes, posso até mesmo te esperar por quanto tempo você quiser, nós dois nascemos para ficar juntos.

Ele se aproximou e eu também sem medo do que ia acontecer a seguir, apesar de nunca ter beijado alguém eu sabia que não era algum tipo de monstro de sete cabeças. Seus lábios tocaram nos meus primeiro formando um selinho longo mas ele logo pediu passagem com a língua e eu cedi, nossas bocas se encaixavam, não perfeitamente, mas se encaixavam fazendo uma dança glamourosa até sermos separados pela falta de ar. Podia ser meu primeiro beijo mas eu garanto que era o melhor.

— Eu também gosto de você. -admiti sorrindo e ele me puxou pela cintura para um abraço o que me fez abaixar ainda mais a guarda.

— Obrigada por me dar uma chance de provar que posso ser melhor para você. -ele fala no meu ouvido ainda no abraço.

— Opa, o que isso quer dizer? Que estamos namorando? -pergunto saindo de seu abraço.

— bom, se você quiser -ele fala envergonhado coçando a nuca, ele me lembra um pouco o Gilbert as vezes, talvez por serem irmãos.

— Sei lá, estamos muito novos para isso, não acha?

— Anne você tem mais maturidade do que todo mundo da minha turma. -eu sorrio.

— Ok, estamos namorando mas não conta pra ninguém por enquanto tá?

— Mas porque não? Tipo, não faz sentido.

— Não quero que todo mundo fique comentando sobre isso, não quero chamar mais atenção. -dou um selinho nele e ele retribui concordando com minha ideia.

— Agora vamos comer porque eu tô com uma fome do caralho, não comi nada o dia todo. -falo pegando minha varinha e lançando um feitiço para o bolo de cenoura ser cortado em pedaços e a jarra de suco encher os dois copos os trazendo para nós.

— Eu me pergunto como você viveria sem comida e magia. -ele fala rindo e mordendo um pedaço do bolo.

— Eu simplesmente não viveria, talvez sobreviveria sem magia mas sem comida é impossível. -ele ri mais uma vez pelo tom que eu falo aquilo.

[...]