Sabrina Carpenter jovem de 20 anos é completamente focada em seu trabalho e objetivos futuros, leal e companheira em suas amizades. Tudo seria perfeito se seu caminho não tivesse se cruzado com o de Jordan, homem controlador, abusivo, agressivo e ch...
Acordei pela manhã e saí debaixo da cama, onde eu havia me escondido ontem. Passei pelo quarto do Jaime e estava com a porta fechada, escutei o mesmo roncando. Eu estava com muita fome e completamente machucada, mas não iria comer nada aqui,vai que ele acordava e começava a me torturar de novo. Por minha sorte a porta estava aberta hoje, nem sequer peguei minha bolsa.
Não iria para o trabalho assim de jeito nenhum, se a Amanda me visse nesse estado ela ia descobrir tudo e não iria acreditar se eu falasse que foi só uma quedinha. Resolvi ir no Starbucks, ficava 2 minutos do meu trabalho até lá. Ao passar por lá a Amanda estava de costas e não me viu.
Chegando lá, me sentei um pouco distante da porta. Levantei meu olhar e vi um moço alto, cabelo aparentemente sedoso e uma tatuagem na mão, ele era muito bonito e sua beleza me chamou muito atenção.
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Provavelmente era um dos novos funcionários. Fazia tanto tempo que não vinha aqui que nem notei algumas mudanças. De imediato ele veio me atender.
- Bom dia, o que aconteceu com você? Está completamente machucada. - Perguntei com preocupação e sentei ao seu lado.
Ele era um desconhecido pra mim, e ainda assim eu me abri e falei pra ele. Por incrível que pareça, ele me passou uma certa confiança.
- Que babaca, e por que você não o denunciou? Pessoas assim tem que ficarem presas pra sempre. - A olhava fixamente.
- Não é tão simples assim, ele já disse que se eu denunciar eu serei morta. - Falei tristonha.
- Acabamos de nos conhecer, mas saiba que pode contar comigo para o que precisar. - Falei em tom acolhedor. - Você quer tomar algo?. - Perguntei educadamente.
- Eu até queria, mas eu não tenho dinheiro nenhum aqui. - abaixei meu olhar.
- Em relação á isso não se preocupe, ficará tudo por minha conta e assim logo depois te levarei ao hospital pra eles te examinarem melhor. - Sorrio.
- Tudo bem, eu estou com muita fome. - Minha voz saí mais fraca que o previsto.
- Eu vou preparar algo pra você rapidinho. - Fui as pressas preparar algo.
Ele era tão bondoso e gentil, um doce de pessoa.
- Preparei um double chocolatey chip pra você. - Entreguei á ela com cuidado. - E um saco de gelo pra aliviar um pouco esses machucados, se me der licença. - Ela concordou e eu me aproximei dela, passei o gelo pela região de todo seu rosto. - Ninguém merece passar por isso, sinto muito por você, de coração.
- Nossa você é muito gentil, nem sei como te agradecer. - Dei um gole na bebida.
- Não precisa me agradecer, ficarei muito feliz quando você estiver totalmente boa e longe daquele homem. - Coloquei o saco de gelo sobre a mesa. - Qual seu nome?. - A observei atentamente. Mesmo com os machucados era impossível sua beleza não ser notada.
- Sabrina e o seu?. - Abri um mínimo sorriso.
- Eu me chamo Shawn Mendes, mas me chame apenas de Shawn. - Estendi a mão em forma de cumprimento.
- Muito obrigada por tudo, Shawn. - Apertei fracamente sua mão.
- Eu não fiz quase nada por você. - Vi que ela havia acabado a bebida. - Quer mais alguma coisa?
- Não, obrigada. - Batuco meus dedos na mesa.
- Posso te levar ao hospital agora?. - Perguntei.
-Pode. - Tentei me levantar.
-Eu te ajudo, não faça muito esforço. - A levantei segurando em suas costas. - Eu vou pedir para um colega tomar conta de algumas coisas enquanto não estou aqui.
- Tá bem. - Concordei e ele saiu. Voltou rápido.
- Vou pedir um uber. - Chamei o uber e ficamos aguardando sua chegada.
Eu nem queria imaginar o que poderia acontecer se o Jaime me visse com outro homem. O uber chega e começa a dirigir para o hospital mais próximo. Ao chegarmos o Shawn me ajuda a descer com todo cuidado e entramos. Ficamos aguardando minha vez alguns minutos apenas, já que lá estava um pouco vazio. Eu me sentia mais aliviada em relação às dores depois de me consultar com médico.
- Agora tá tudo um pouco melhor. - Sorri. - Quer comer algo?. - Propus.
- Acho melhor eu ir para casa, se o Jaime descobrir que estou aqui. - Ele me interrompe.
- Eu me viro com ele, vamos. - Fomos até uma sorveteria. - Um de morango para você, e um de chocolate para mim. - Sentamos em algum lugar perto dali e rimos um pouco. - Te levarei até em casa pra garantir que você chegue segura.
- Não por favor, não quero que as coisas compliquem ainda mais. - Engoli seco.
- Não vai complicar, já falei que quero te ajudar. - Falei em tom de súplica.
- Ta bom, ta bom, mas você tem que ficar distante pra ele não perceber nada. - Ele balançou a cabeça afirmando.
- Está sujo, no canto da sua boca. - Avisei ela, esperando que ela me permitisse limpar.
- Pode limpar pra mim?. - Sorrio esperando que ele me beijasse.
- É claro. - Me aproximei do seu rosto e a beijei, um beijo rápido, mas consegui sentir algumas sensações.
- Muito obrigada. - Sorri tímida.
- Por nada. - Falei um pouco tímido. - Vamos nessa agora. - Paguei os sorvetes e chamei novamente um uber. Ficamos o esperando sentados, em poucos minutos ele já estava lá. Entramos e ele começou dirigir no rumo da casa do tal homem.
