𝐍𝐚𝐦𝐨𝐫𝐨 𝐀𝐛𝐮𝐬𝐢𝐯𝐨 (𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮í𝐝𝐚)

Chɑpter 17 ➤ Mɑnsɑ̃o do Jɑime

⚠︎POSSÍVEIS GATILHOS⚠︎

Desci do uber que parou um pouco mais afastado da mansão, para que Jaime não desconfiasse de nada. Dei um leve empurrão na porta que estava entreaberta.

— Motorista, você poderia voltar pra trás com o carro e ficar um pouco mais próximo da mansão? Tenho que resolver uma coisa. - Fiquei esperando uma resposta positiva.

— Pode ser, mas eu vou cobrar por hora, senão complica pra mim. - Expliquei ao rapaz.

—Pago o preço que for preciso, eu só peço que me espere. - Abri a porta do carro e saí.

— Tô marcando aqui no relógio, já são 18:07. - Desliguei o carro.

Cheguei na frente da enorme mansão e me escondi atrás de uns arbustos, afim de que eu pudesse ouvir tudo que acontecia dentro da mansão. A moça poderia estar correndo perigo, e eu estaria aqui pra ajudá-la.

— Estava a sua espera, mocinha. - Levantei do sofá e andei até ela.

— Não quero conversar com você e muito menos quero que me toque. - Se ele tentasse algo, por eu estar perto da porta, eu correria.

— Calma, não vou te machucar, só quero seu carinho. - Passei sutilmente meu polegar por sua bochecha. — Hey eu te amo. - Aproximei meu rosto do dela e tentei beijá-la a força.

— Quem ama não machuca e eu não quero te beijar, me deixa em paz, desgraçado. - Disse irritada.

— Você pede pra apanhar, vadia. - Coloquei uma mão dentro do seu short e com a outra livre tranquei a porta. — Que tal sua primeira vez ser hoje? Vou te foder com força.

— Para, não me toca. - Tirei sua mão de lá e o empurrei.

— Não há ninguém que possa te ajudar. - Me aproximei novamente e rasguei sua blusa.

— Solta ela, ou você vai se ver comigo. - Falei bravo depois de arrombar a porta, o que não foi tão difícil, já que a mesma não era tão resistente.

Uau...ele conseguiu arrombar a porta.

— Quem é você?. - A derrubei no chão e fiquei frente a frente com o desconhecido.

— Shawn vai embora, por favor. - Supliquei pra ele ir, mas ele não obedeceu.

— Não posso te deixar aqui com esse maldito. - Olhei pra ela de relance.

— Vocês são amantes né? Não tenho medo de você, seu franguinho. - Ri descaradamente.

— Também não tenho medo de você, lixo. - Senti meu maxilar trincar. Acertei um murro no olho do tal que caiu tonto no chão, subi em cima dele e continuei a golpea-lo com murros.

— Shawn para, ele já ganhou o que merece. - Supliquei.

— Ele ainda não ganhou nem metade do que merece Sabrina, nem metade. - Acertei um soco na boca dele. — Isso é pra você aprender respeitar as mulheres. - Dei um soco no olho dele. — E esse é porque eu quero mesmo. - Dei um soco, mas dessa vez ainda mais forte. — Eu pensei que ele fosse mais forte, mas não passa de um fraco. - Saí de cima dele.

— Você o matou. - Me levantei vendo a situação do Jaime, completamente machucado.

—Infelizmente não, ele está apenas desmaiado. - Segurei sua mão. — Vem comigo Sabrina.

— Vamos!. - Segurei sua mão e saímos correndo dali. Entramos no veículo que saiu em alta velocidade.

— Ele te machucou? Tentou algo?. - Passei a mão sutilmente pelo seu cabelo.

— Não se preocupe com isso, eu não me machuquei e nem fui abusada, graças a você que chegou a tempo. - Dei um sorriso gentil.

— Eu tinha que fazer algo por você, toma, veste minha camisa, ele ainda conseguiu rasgar sua blusa. - Tirei minha camisa e a entreguei.

— Mas tá frio. - Não a peguei.

— Veste, por favor. - Falei com voz fofa e ela acabou vestindo.

— Posso te abraçar pra aquecer um pouco seu corpo, claro, se você quiser. - Falei um pouco envergonhada.

— Um abraço sempre é bem vindo. - Nos abraçamos.

O abraço dele era o melhor, eu queria morar ali.

— Mas Shawn, não tenho lugar pra ficar essa noite e nem dinheiro pra pagar um lugar. - Fiz uma expressão de preocupada e desfiz do abraço.

— Você pode ficar lá em casa, moro sozinho e lá tem muito espaço, posso até dormir no sofá e você na cama. - Falei calmamente.

— Não sei. - Fiz uma expressão pensativa.

— Eu até poderia pagar um lugar para você, mas se algo acontecer, infelizmente não estarei lá para protegê-la. - Levantei os ombros.

— Eu topo então, mas só por essa noite, não quero ser um incômodo. - Disse calma.

— Você não é um incômodo. - A puxei levemente para outro abraço. — Estamos quase chegando. - Avisei.

— Tudo bem. - Me aconcheguei melhor no seu abraço e senti seu cheiro.

O uber parou no local e ele pagou a corrida, segurou em minha mão e fomos andando até o pequeno apartamento.