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A mudez volta. Estamos andando normalmente quando....

Sou puxada para o lado, entrando assim em um pequeno beco. Meu corpo  choca-se contra o do Dylan. Sua mão que antes estava no meu braço, passa a segurar a minha cintura com firmeza, minhas pernas bambeiam, meu coração chega na garganta, seguro a respiração para não mostrar como ela está desregulada.

Dylan me observa com atenção, seus olhos param na minha boca, ele encara ela sem piscar. Seu rosto começa a descer lentamente na direção do meu. Minhas bochechas esquentam, meus olhos começam a se fechar, quando Dylan se afasta e solta a minha cintura.

Ele coça a nuca e olha para a rua, parece procurar algo, até que sai do pequeno espaço. Respiro fundo e vou atrás dele. Inicializamos os passos como se nada tivesse acontecido, como ele consegue fingir que nada aconteceu? Meu coração ainda grita no peito, minhas mãos ainda suam, minhas pernas ainda vacilam. E Dylan aparentemente está tranquilo, isso me causa uma grande revolta, o mesmo me causa efeitos tão estranhos e eu não causo nada nele? Parece que não.

Chegamos na minha casa, paro na frente do portão para me me despedir dele.

--- então tchau - digo sem jeito algum.

--- tchau - Dylan diz pensativo. Viro de costas para abrir a tranca - Manu... - o mesmo segura o meu pulso, sem força só para chamar a minha atenção.

--- o-oi - fecho os olhos por um segundo, nem consigo falar direito.

--- desculpa por ter te puxado - ele solta meu braço.

--- tudo bem - encaro meus dedos. Eu realmente quero saber o porquê do puxam, será que ele se desequilibrou? E para não cair segurou no meu braço?

--- me dessulpe, agora eu vou - diz dando alguns passos para trás. 

--- tudo  bem - repito.

--- ok - Dylan sai.

Entro em casa e ando até meu quarto, minha fixa ainda não caiu. Será mesmo que isso aconteceu? Me jogo na cama para pensar em tudo isso, meu coração ainda está acelerado. Passo alguns segundos assim, até adormecer.

*******

Acordei faz um tempo, agora estou jogada no sofá assistindo TV com a minha mãe.  Já voltei ao meu normal, acho que tudo aquilo foi por conta da adrenalina. Assim espero!

Enfim, aqui em casa tá uma loucura, o casamento da minha tia e na sexta-feira. E eu nem sei quem é meu par, como ele deve ser? Ahhh,  essa curiosidade está me matando. E se eu tropeçar? Ou virar o pé? Nossa! Não posso estragar o casamento da minha tia, ela está preparando isso desde o pedido, ou seja há um bom tempo.

Ajudo a minha mãe nos últimos preparativos, isso já são duas horas. Aja cérebro amanhã, minha mente já está pedindo um descanso há muito tempo. Passando esse casório eu e minha mãe podemos nos jogar no sofá, colocar os pés para cima e só aproveitar.

Tudo arrumado. Vou para a cama, deito e logo durmo.

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Dylan narrando

Manu e eu estamos andando pela rua de boa. Quando vejo o Bryan do outro lado, sem pensar puxo a baixinha para um pequeno espaço, ficando assim muito próximo dela. O que não ajudou em nada, só de sentir  seu corpo quente perto do meu, me causa vários arrepios. Tento arrumar minha respiração, pois a mesma está ofegante, até que consigo disfarçar bem a Manu nem percebeu nada, bom eu acho.

Por impulsos da juventude, vou colocar a culpa na minha idade. Eu começo a abaixar minha cabeça, eu realmente quero beijar ela, quero muito, por isso não resisti. Contudo volto a mim e me afasto, olho ao redor e aparentemente a barra está limpa, Bryan já deve estar longe. Saio do pequeno beco e finjo que nada aconteceu, embora seja difícil disfarçar a minha pequena "queda" pela Manuela.

Unidos, infelizmente pelo futebolOnde histórias criam vida. Descubra agora