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--- oi, mãe! - falei quando adentrei a casa.

--- oi, filha! - ela me olha - você demorou a chegar hoje, aconteceu alguma coisa?

--- nada de mais - revirei os olhos, ao lembrar do ocorrido  agora pouco.

--- pode falar! - a senhora Cátia me encara. Pude perceber o seu olhar preocupado.

--- só uns meninos que quiseram encher meu saco - penduro minha mochila no cabideiro.

--- como assim? - a mesma coloca uma das mãos na sua cintura.

--- ah, mãe, eles são uns babacas. Nem compensa gastar saliva com isso. E outra coisa, eu já estou atrasada. - comecei a andar, rumo ao meu quarto.

--- atrasada para que? - Cátia me segue. 

--- não lembra? Vou para casa da Gaby.

--- ah! Verdade. Nossa, já tinha me esquecido. Ando com a cabeça muito cheia, o casamento da sua tia está me deixando louca - ela solta uma risada anasalada.

--- mãe, se precisar de ajuda, pode me chamar. Depois desse casamento, a senhora, vai tirar um dia de descanso. - comecei a trocar de roupa, minha mãe sentou na ponta da minha cama.

--- filha não posso ficar tirando muitos dias de folga, você sabe disso. - encarei a mesma.

--- mãe, se a senhora parar por um ou dois dias para descansar, não vai acontecer nada. E a senhora pode ficar despreocupada, eu vou achar um emprego, para ajudar. - terminei de me vestir.

--- filha, sabe que não precisa. Você já tem muita coisa para fazer, tem seus estudos, não pode tirar o foco deles. 

--- sei disso, mãe. Porém, começar a trabalhar agora, não vai atrapalhar nos meus estudos. - peguei minhas coisas, minha mãe levanta da cama.

---  eu sei, filha. Sei que você é muito determinada, e que consegue fazer os dois, no entanto vai ficar cansativo para você. - ela começa a sair do quarto, junto comigo.

--- mãe, eu vou fazer dezoito anos, eu já deveria estar trabalhando a muito tempo. - seguimos até a cozinha.

--- se você diz, só não quero que você se desgaste muito. 

--- ok mãe. Ajudar a senhora não é nem um pouco  desgastante  - pego as minhas mines cenouras, como eu amo mine cenoura!! - já vou indo, a senhora sabe como a Gaby é - dou um sorriso. 

--- imagino que ela já te matou de várias formas, só pelo atraso - nós duas rimos. 

Me despedi da minha mãe e fui caminhando para a casa da Gaby, preferi ir a pé, pois já aproveito e faço um "exercício". Depois de meia hora eu cheguei, eu poderia ter pegado um uber, pois estou morta de cansaço. Respirando ofegante, toquei a campainha. 

--- até que enfim, achei que não ia mais vir.

--- oi, poço de drama - dou um sorriso, já ela da um tapa no meu braço. 

--- não é drama! - será? será? - eu estava preocupada, você me mandou mensagem falando que tava saindo, e demorou meia hora para chegar. 

--- primeiro, sua casa é longe, credo!! Desde quando sua casa se tornou tão longe assim?

--- quando o sedentarismo te pegou - Gaby começa a rir, reviro os olhos. 

--- ha, ha, ha, muito engraçado. Eu só estou um pouco sedentária agora, mas você sabe que eu, aliás nós duas fazíamos academia, paramos agora, com pouco tempo. Ah! Voltando ao assunto, parei onde?.... ah! Segundo, olha as minhas pernas, elas são curtas, dou passinhos pequenos - Gabrielly começa a rir, rir não! Gargalhar. 

Unidos, infelizmente pelo futebolOnde histórias criam vida. Descubra agora