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Andressa

Andressa: GB também vai? - perguntei ao DN, que estava deitado na minha cama mexendo no celular, enquanto eu me arrumava.

DN: Vai. - Parei na sua frente, observando o fato dele estar com a cara enfiada no celular enquanto eu ajeito correndo.

Hoje cedo a Flávia havia me enviado uma mensagem me chamando para ir na praia com o pessoal. Confesso que não estava muito no clima, já que aqui no Rio está fazendo um calorzão, mas quando o DN apareceu na minha porta me animando, acabei cedendo.

Tem que aproveitar o domingo com uma prainha, né?

Andressa: Pô, tu não tem mais o que fazer não? - impliquei, me inclinando para pegar um colar na cômoda que ficava ao lado da cama.

DN: Iiih, qual foi? - logo em seguida, senti uma ardência na minha bunda.

Endireitei a minha coluna em um pulo, colando a mão na minha bunda enquanto uma expressão de dor dominava a minha face.

Ainda de olhos fechados, pude ouvir a sua gargalhada.

DN: Pra ficar esperta!

Andressa: Filha da puta! - desci um tapa pesado em seu braço, já que o mesmo o colocou na frente para defender o seu rosto. - Isso dói!

Dei as costas, marchando para até o meu armário.

DN: Machucou. Você não sabe brincar -
revirei os olhos.

Andressa: Você que começou - me defendi, olhando por cima do ombro e me deparando com a cena do Danilo assoprando o braço com a cara fechada. - Dramático... - resmunguei.

Quando ele ia abrir a boca para, provavelmente, me xingar, o GB gritou do andar de baixo, nos chamando.

Aproveitei a brecha para descer correndo. Vai saber o que esse louco ia tentar fazer comigo se eu demorasse mais um pouco no quarto sozinha.

GB: Bora pombinhos - brincou. - Eae gatinha - me abraçou.

Andressa: Oii - o abracei de volta com um sorriso estampando no rosto.

GB: Cadê a puta do DN? - apontei para as escadas, onde o profano descia pisando forte. - Iiih, tá com essa cara por quê?

Andressa: É puro drama - expliquei fazendo pouco caso. - Mas se você observar bem, nem parece que mudou muita coisa.

Gabriel riu ao meu lado, ao mesmo tempo que se aproxima do amigo para o cumprimentar com um aperto de mão. Observei os dois mas logo me apressei em subir e pegar a minha bolsa.

No momento em que passei ao lado do Danilo, meu pescoço foi inclinado para trás com o seu puxão de cabelo.

Olhei por cima do ombro de cara feia.

DN: Dramática... - resmungou de volta com um sorriso de lado.

Bufei lhe mostrando o meu dedo do meio.

GB: Acabaram porra? - o ouvi perguntar, mas eu já estava nas escadas.

Peguei o meu celular e a bolsa, vendo pela barra de notificado que havia uma mensagem da Flávia. Não respondi, apenas desci correndo e subi na moto do DN, indo rumo à praia.

Quando chegamos, fui em direção a Flávia lhe abraçando e falando com o Dudu. Não demorou muito para que o DN se juntasse, sentando ao meu lado na canga estendida na areia.

DN: Fala tu, Dudu, não vai querer
dar um peão na água com o tio não? - falou com a criança de dois anos.

O pequeno balançou a cabeça animado como se tivesse entendido cada palavra. Sinceramente, acho que ele realmente entendeu. O pai dele deve usar esse tipo de gíria o tempo todo perto dele.

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