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Andressa

DN: Tá pronta, Andressa? — bateu levemente na porta do quarto, falando do outro lado, sem abri-lá.

Andressa: Sim, já tô saindo!  — respondi, enquanto catava a minha bolsa,
colocando o necessário dentro.

Quando saí, desci, o encontrando na cozinha bebendo um copo com água. Por
um milagre não estava sentado no sofá mexendo em seu celular.

Após notar a minha presença e terminar de beber o líquido, seus olhos escorregaram pelo meu corpo rapidamente, quase que imperceptível.

DN: Tá gatinha — elogiou, passando por mim.

Seu perfume masculino exalou assim se aproximou. Porra, por que ele tinha que ser tão cheiroso?

O segui, demorando alguns segundos para conseguir responder. Estava digerindo a informação. A forma como ele apenas me olhou e elogiou foi... casual? Soou natural.

Isso que era intrigante. Claro que um cara como ele iria querer soar casual e desinteressado ao elogiar alguém, não é? Tipo, DN deve fazer isso todos os dias.

Andressa: Ih, tá com febre? — brinquei. A única coisa que se passou pela minha cabeça que valia a pena responder.

DN: Eu? Tô nada — o timbre cafajeste de seu tom, seguido de sua risadinha nasal com a olhadinha de lado que ele me lançou, sem virar a cabeça completamente, fizeram com que um leve tremor atingisse as minhas pernas.

Engoli em seco, pensando em como estava sendo idiota por me abalar facilmente. Um flashback de nós dois deitados no chão...meu corpo por cima do seu... sua mão rolando meu pelo meu corpo me apertando....

Pisquei, afastando esse pensamento enquanto o seguia até o carro. Quando o Danilo chegou em casa e perguntou se eu gostaria de ir a uma festa na praia que ia ter hoje com ele, eu quase não acreditei, mas também não demorei muito para aceitar.

Já se passavam das dez e estávamos arrumados, cheirosos e prontos para ir. Parecíamos um casal. Uma careta rápida tomou conta do meu rosto ou pensar nisso, logo repreendi o pensamento.

Deus me livre.

Me sentei no banco do passageiro de sua BMW preta, ajeitando o meu vestido midi azul escuro sem mangas, colado ao corpo. Nos pés estava usando um chinelo branco, juntamente com a minha bolsa da mesma cor.

DN usava uma blusa branca com uma bermuda jeans na mesma cor, com sua kenner no pé.

Falei com a Flávia sobre essa festa, mas a mesma disse que infelizmente não ia poder ir porque o tal Lobão não havia liberado.

Xinguei ele horrores por mensagem, óbvio, mas quando perguntei ao Danilo se o Lobão estaria lá, ele me disse que não, então relaxei um pouco imaginando que talvez eles fossem fazer algo juntos. Torço por isso.

Após um longo caminho percorrido onde eu e o DN conversamos um pouco sobre tudo, chegamos à praia. Quando estávamos estacionando, já era possível ouvir a música que vinha da parte de dentro, assim como os vários carros e pessoas circulando.

Depois de cumprimentar várias pessoas, pegamos algumas bebidas e nos dirigimos para um canto da festa, onde alguns conhecidos do Danilo estavam. Mas no final, era como se estivesse apenas nós dois ali.

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