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Danilo

Flashback:

Estava tendo invasão e eu estava no cofre com a minha mãe escondido.

Ainda era novo, tinha uns 10 anos. Não tinha muita noção das coisas, mas já sabia identificar o que era certo e errado, claro que ainda precisava aprender muito, mas o básico eu já sabia.

Meu pai já tinha saído  a algumas horas e os tiros já tinham parado. Estava tudo quieto.

Miguel: Rosana? ouvi o nome da minha mãe sendo chamado, identificando ser a voz do meu tio.

Ele e o meu pai que eram responsáveis pelo morro.

Rosana: Miguel? respondeu, ainda dentro do cofre. Já acabou?

Miguel: Sim, pode sair mamãe sorriu aliviada, olhando para mim, assentindo brevemente como uma forma de me assegurar que, mais uma vez, estava tudo bem.

Quando a porta foi aberta, Miguel estava parado na nossa frente coberto de sangue, apontando uma AK em nossa direção.

Rosana: Miguel... o Eduardo está bem? questionou lentamente, sem se mover enquanto o encarava com os olhos atentos.

Ele riu pelo nariz e marchou até a nossa direção em passos rápidos, metendo a mão no cabelo da minha mãe, a puxando para fora, que gritou. Me levantei na hora correndo pra cima dele.

Danilo: Solta ela! gritei, tentando o afastar.

Miguel: Cala a boca, moleque! acertou um tapa na minha cara, me derrubando no chão.

Aí eu lembrei da arma que meu pai tinha me dado caso algo acontecesse. Puxei ela da cintura e apontei pra ele, atirando no braço sem pensar duas vezes.

Miguel: Porra! gritou. Agora eu te mato! largou a minha mãe no chão como se fosse uma boneca, vindo pra cima de mim. Fiquei em choque pelo o que tinha acabado de fazer, então não atirei novamente, permitindo que sua mão batesse na minha, derrubando a pistola no chão.

Ouvi o estralo ecoar, seguida pelo grito da minha coroa que se sentou no chão com a mão no ombro.

Rosana: Deixa ele em paz, Miguel! gritou suplicando. Quem você quer sou eu!

Ele parou na minha frente, meteu a mão na gola da minha camisa me puxando, fazendo-me olhar para a minha mãe.

Miguel: Eu só não te mato porque quero ver a tua cara quando eu matar o teu pai apontou o dedo na minha cara. O encarei com a cara fechada, segurando o choro. Bora, os dois andando! ordenou, puxando nós dois pelo braço.

A gente desceu para o andar de baixo da casa aonde meu pai estava ajoelhado no chão da sala com alguns homens em volta dele.

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