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Cobra

Era hoje que eu iria buscar o que me pertencia. O que eu havia perdido a muito tempo por imaturidade.

Cobra: Todo mundo pronto, porra?! — perguntei alto, para todos que estavam reunidos ao meu redor, em círculo.

— SIM CHEFE! — responderam em uníssono.

Cobra: Então é isso. Vocês já estão ligados como o bagulho funciona! A missão é trazer a mina aqui pro morro, sem muita enrolação. E quem botar a cara no caminho, é pra matar! — passei a visão, ajeitando o fuzil no meu peito.

Quando terminei de falar, cada um seguiu para os carros e motos. Antes de subir na minha, beijei a cruz que ficava no meu pescoço e fiz uma oração, pedindo perdão antecipado ao mano JC pelos pecados que eu iria cometer essa noite.

Subi na moto, ligando a mesma. Logo ouvindo um roncar vindo da minha direita, levantei a cabeça enquanto colocava o capacete, vendo o DN encostando do meu lado. O mesmo acenou para mim e eu respondi da mesma forma, nós dois arrancando em seguida.

Havia recebido uma ligação sua horas atrás, explicando o que havia acontecido com a Andressa e onde ela estava.

Na mesma hora mandei ele subir na minha favela pra gente trocar uma ideia. Óbvio que ele não aceitou logo de cara, mas mandei o papo reto de que iria manter a paz por hoje, já que tínhamos os mesmos objetivos.

Bolamos um plano e juntamos os nossos caras. Ainda era de madrugada, mas precisávamos ser rápidos, já que não queríamos chamar a atenção dos cana.

Paramos em uma mata próxima ao morro para nos organizar.

Respirei fundo, sentindo um leve nervosismo.

Boca: Vai dar tudo certo chefe, confia — parou ao meu lado, tocando levemente no meu ombro.

Apenas acenei com a cabeça.

Cobra: O primeiro grupo já pode subir, o grupo dois vem comigo. — Ordenei, ajeitando o fuzil que um menor tinha me dado.

Observei o Boca, o meu braço direito, subir com os cara pela frente.

O combinado era o primeiro grupo subir e começar a trocação, como uma forma de distração, enquanto o grupo dois, subiria na maciota para realizar o resgate.

Fui na frente junto com um vapor, subindo por trás da casinha. Ficamos escondidos atrás de um matagal cheio, onde estávamos todos agachados, observando a situação.

Senti uma movimentação vindo da minha esquerda, quando olhei, franzi a testa.

Cobra: O que você tá fazendo aqui, porra?! — sussurrei, indignado.

DN: Tu achou mesmo que eu não ia vir resgatar a minha mulher? — sussurrou de volta.

Eu tinha mandado esse infeliz para o primeiro grupo, porque tinha esperança dele morrer no meio da trocação. Pensei que ia ser mais obediente.

Estalei a língua.

Cobra: Filho da puta — resmunguei. — Se você der um passo em falso, eu te mato.

Ameacei, olhando nos seus olhos. DN apenas esticou os lábios, sorrindo ironicamente, logo desviando o olhar.

DN: Se concentra velhote, depois você me ameaça.

Não falei mais nada, apenas voltei ao foco. Quanto mais cedo isso acabasse, mais cedo eu poderia matar o DN, e a Andressa estaria segura.

Olhei para frente, avistando três caras armados conversando na frente da casinha. Puxei a minha pistola e coloquei o silenciador nela. DN fez o mesmo, assim como o vapor que estava ao meu lado.

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⏰ Última atualização: Sep 15 ⏰

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