Capítulo 31

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Antes que eu vá para os braços de Morfeu deixo mais um capitulo, mereço biscoito tá? Estou mortinha em cima do computador. 

Assim que estávamos alto e longe o suficiente para Griffin não poder nos seguir, Lauren mandou uma mensagem para Spade e lhe disse para nos encontrar no War Eagle Park, no ponto da Interestadual 29 mais próximo do rio Missouri. Já se passou mais de uma hora desde que deixamos Griffin furioso no chão, mas ainda assim não arriscaríamos levar a mulher diretamente à casa do Spade e dar ao fantasma até mesmo a menor chance de rastreá-la através de mim.

Seu nome era Sarah, e ela não se acalmou muito desde que Lauren a levou da sua casa, não que eu a culpasse. Se esse voo não tivesse sido o suficiente para fazê-la desmaiar, bastou apenas cinco minutos conversando com ela para perceber que Griffin havia atormentado Sarah até a beira da insanidade.

Com Francine e Lisa fora de seu alcance, ele claramente compensou o tempo perdido com ela, assim como temi que fizesse. Os pensamentos de Sarah eram uma mistura de ruído de fundo, terror, e repetições da mesma merda que Griffin recitava para mim sobre não tolerar que bruxas vivam e que ele era invencível.

Lauren e eu dissemos a ela que ela podia confiar em nós, nos certificando que nossos olhos estavam vermelhos enquanto falávamos, mas ela parecia além do ponto de ser tranquilizada por nossos olhares.

Algumas pessoas, por razões de anomalia genética, trauma, ou força de vontade sólida, precisavam ser mordidas antes que o controle de mentes vampírico funcione, mas eu não podia me obrigar a mordê-la com tudo o que aconteceu. Ela não tentou correr, então talvez um pouco do que dissemos a ela estava penetrando mesmo que a pobre mulher pulasse com qualquer barulho, olhando em volta como se esperasse que Griffin aparecesse e continuasse seu abuso. Eu só podia esperar que alguns dias com Francine e Lisa ajudariam a trazer Sarah de volta do que parecia um esgotamento nervoso iminente.

Claro, o que realmente ajudaria Sarah e as outras mulheres seria nós conseguirmos entalar seu algoz nessa armadilha de pedra e minerais. Então elas poderiam gastar o tempo que precisassem para curar os danos emocionais que ele infligiu nelas. Raiva queimou através de mim. A maioria dos assassinos que encontrei, enquanto maus até os ossos, procuravam apenas destruir os corpos das pessoas, mas isso não é o suficiente para Griffin. Ele tem que destruir suas mentes, corações e espíritos também.

Spade desceu do véu da noite, e Sarah recuou, o fedor do medo explodindo de seus poros. Imagino que ver outra pessoa caindo do céu foi demais para ela nesse momento. Eu a segurei, murmurando que ele era um amigo, e que ela estaria segura com ele. Apenas quando disse a ela que ele a levaria até Francine e Lisa ela se acalmou o suficiente para parar de tentar se afastar. Eu disse a ela sobre as outras duas mulheres em quem Griffin tinha posto os olhos, e em como elas estavam seguras. Palavras eram legais, mas vê-las por si mesma faria mais para provar para a psique gravemente ferida dela que Griffin não era o castigador todo poderoso que ele se denominava do que qualquer garantia que eu desse a ela.

Lauren caminhou até seu amigo, com um último olhar piedoso na direção dela, levando Spade para um lado para adverti-lo sobre o frágil estado mental dela, presumi. Após um minuto de conversa sussurrada, eles voltaram. O outro vampiro estendeu uma trouxa para ela que eu reconheci com gratidão como um casaco. Lauren e eu partimos tão rápido para resgatá-la, que não pensamos em pegar os nosso próprios casacos, muito menos um extra para ela.

— Sarah, esse é o meu melhor amigo, Spade. – Lauren disse, chamando por seu nome de escolha ao invés do que ele normalmente usa. — Ele vai cuidar muito bem de você.

Ela pegou o casaco, mas então foi se aproximando de mim.

— Ele? Você não vem, também?

Night Huntress Vol #6Onde histórias criam vida. Descubra agora