Capítulo 12 L7

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Tivemos turbulência no longo voo de volta aos EUA. Eu não me incomodava, mas Lauren, que odiava voar até mesmo em circunstâncias boas, estava em um humor péssimo quando finalmente pousamos em St. Louis. Foi azar dela que Spade e Ally não estavam em sua propriedade na Inglaterra. Teria sido uma viagem relativamente curta da Romênia até lá.

Claro, seu mau humor pode ter sido porque ela odiava meu plano. Ainda assim, como eu disse a ela mais de uma vez no sacolejante voo de volta, se ela tivesse uma ideia melhor, eu estava aberta a ouvir. Seu silêncio sobre o assunto dizia muito, mas eu conhecia Lauren. Ela ainda não tinha desistido de brigar.

Então, novamente, nem eu tinha. Além disso, apesar de eu estar confiante da resposta de Ally, nós também tínhamos que convencer Spade a aceitar. Se ele não aceitasse, Lauren não tinha nada para se preocupar.

Quando chegamos na casa de Spade e Ally, o sol estava se pondo, embora o jet leg, e atravessar vários fusos horários nos últimos dois dias, me fizeram sentir como se fosse o raiar do dia. Spade já estava esperando na sua porta da frente, fazendo-me imaginar o que o tinha alertado da nossa chegada primeiro: sentir a presença de outros vampiros ou ouvir nosso carro estacionar.

— Michelle. - Spade disse, referindo-se a Lauren pelo seu segundo nome já que, como Ian, ele o conhecia na época em que eles eram todos humanos. — Karla. Bem-vindas.

As palavras eram educadas, mas o tom de Spade estava mais cauteloso do que cordial. Eu dei ao vampiro alto, de cabelos castanhos, meu sorriso mais encantador, o que me rendeu uma carranca instantânea.

— Agora eu sei que a visita de vocês traz problemas, como se vocês me dizendo para dispensar os funcionários antes que vocês chegassem não fosse aviso suficiente.

— Você não está errado, Stefan. - Lauren disse, também usando o nome de nascimento de Spade. Então ele deu batidas nas costas dele. — Mas você precisa ouvir isso, apesar de tudo.

Eu os segui para dentro, feliz em ver um rosto mais amigável descendo o corredor.

— Allysson!

Ela riu, dando-me um abraço quando me alcançou. Eu apertei de volta, não preocupada em machucá-la com minha força. De muitas formas, a essência demoníaca com a qual Ally foi marcada a fazia mais resistente que eu.

Quando ela se afastou, no entanto, seu sorriso sumiu.

— O que está acontecendo? Sua mãe está ok?

— Ela está bem. - Eu disse, fazendo uma nota mental para ligar para ela logo. — Estamos aqui por algo que meu tio começou há muito tempo atrás.

Nós contamos tudo a eles enquanto tomávamos café em sua sala de estar. Os traços bonitos de Spade estavam congelados em linhas duras quando terminamos.

— Ele vai causar uma guerra se tiver sucesso. - Ele disse. Então ele deu um olhar especulativo para Lauren. — A resposta é sim, Michelle. Eu vou lutar com você para impedir que a contaminação de uma interespécie jamais aconteça.

Lauren bufou.

— Eu nunca duvidei disso, companheiro, mas não é por isso que estamos aqui.

Com aquilo, eu limpei minha garganta.

— Nós não podemos atacar a base onde achamos que Gold está fazendo suas experiências – e mantendo nossos amigos – até sabermos quem é seu backup no governo. E não podemos descobrir isso sem entrar na base, então isso tem sido um beco sem saída até agora.

Eu olhei para Ally antes de fixar minha atenção novamente em seu marido.

— Apenas Gold pode andar dentro daquela instalação e pegar a informação que precisamos sem levantar suspeitas. Ou alguém que se pareça exatamente como ele.

Night Huntress Vol #6Onde histórias criam vida. Descubra agora