Capítulo 8

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Woow, acho que mereço biscoito por  postar dois capítulos hoje.
Como vocês estão?

Tá todo mundo se cuidando direitinho?

Espero que sim!

Várias horas depois, nós estacionamos na nossa garagem com dois passageiros a mais do que partimos. A pata traseira de Dexter estava fixa em um gesso, e seus olhos estavam distintamente vidrados por causa dos analgésicos que o veterinário administrou.

- É aqui que você vive? - Tyler lançou um olhar para o terreno íngreme de florestas que cercava nossa cabana no Blue Ridge. - Estou impressionado em não escutar música de banjo.

Ignorei o sarcasmo, me relembrando que experiências de quase morte são muito traumáticas para pessoas que não estão acostumadas a ela. Além disso, não era novidade para mim que nossa casa estava no meio de um pitoresco lugar nenhum. Essa tinha sido a intenção, então Lauren e eu teríamos mais privacidade. Mal sabíamos que ter privacidade se mostraria apenas um pensamento desejoso. Pelo menos nossa falta de vizinhos próximos significa que os pensamentos do Tyler são os únicos dentro da minha mente além dos meus próprios.

Dexter emitiu um lamento baixinho, erguendo sua cabeça.

- Você tem certeza que isso é seguro? - Tyler perguntou. - Dexter está me dizendo que há fantasmas próximos.

Lauren deixou escapar um bufar mordaz enquanto saia do carro.

- Exatamente.

Tyler havia mencionado que ele podia ver fantasmas, apenas não nesse instante. Era melhor eu prepará-lo para a vida na Casa Jauregui. Meu gato se acostumou tanto aos fantasmas aqui que ele quase nunca mais sibilou pra eles.

- Há muitos fantasmas aqui. Todos amigáveis. - Eu me apressei para adicionar. - Eles apenas, hum, gostam de ficar ao redor da nossa casa.

Mentirosa

Tyler pensou, seu olhar se estreitando. Dexter expirou como se ele não acreditasse em mim também. Muito ruim. Apenas um seleto punhado de pessoas sabiam porque eu era tão popular entre os fantasmas, e essa não era uma informação que eu estava prestes a compartilhar.

- Talvez nós tenhamos construído em um antigo cemitério, e é por isso que esse lugar é tão assombrado. - Lauren improvisou enquanto saía. - Você sabe, como em Poltergeist.

Mentindo pela bunda branquela e pastosa dela.

Tyler pensou, mas sorriu delicadamente.

- Pode ser, docinho.

Debati sobre dizer ao Tyler que Lauren não era a única que podia ler mentes, mas decidi não fazer. Apesar de termos trazido Tyler para casa conosco, nós ainda não o conhecíamos. Conseguir uma espiada nos pensamentos dele ajudaria um montão para determinar se ele era alguém em quem nós podíamos confiar. Eu não acreditava que ele era um traidor, mas ainda tínhamos que ser cuidadosos. Nós já havíamos nos arriscado ao mostrar a ele onde vivíamos, mas essa informação podia ser apagada de sua memória se fosse preciso.

Quem eu estava enganando? Com o quão vigilante minha mulher é com a minha segurança, ela iria provavelmente insistir em fazer isso não importa o quão confiável Tyler provasse ser.

- Entre, estarei lá em um minuto. - Eu disse, dando um suspiro mental enquanto estendia minhas mãos e esperava pelo bombardeio de recepcionistas transparentes.

Eu ainda me sentia desequilibrada por convocar os Remmants, mas não seria justo entrar em casa sem dizer "olá" da maneira que os meus conhecidos fantasmagóricos preferem.

Night Huntress Vol #6Onde histórias criam vida. Descubra agora