Capítulo 17 L7

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Depois de esmagar sua laringe, tirei o jaleco da finada Dr. Óbvia e o vesti. Não porque eu achei que fosse enganar alguém fingindo trabalhar aqui, mas porque há algo de perturbador em andar por aí completamente nua em uma orgia assassina. Então vasculhei a sala em busca de armas, totalmente ciente de que eu só tinha alguns instantes. Como cada lugar nessa instalação, havia câmeras de segurança. Como previsto, logo o som de um alarme disparou. Eu só consegui encontrar duas pistolas semiautomáticas e dois pentes extras, o que não era muito, mas teria que servir.

Então eu voei pelas portas logo antes de elas fecharem e barras grossas deslizarem do marco em algum tipo de confinamento automático. No corredor, eu corri em direção ao grupo de pensamentos se aproximando de mim, ao invés de para longe dele. Assim que os soldados dobraram a esquina, eu me joguei para frente, caindo de barriga no chão de azulejo com força suficiente para quebrar minhas costelas. A dor foi brutal e instantânea, mas os tiros deles passaram por cima da minha cabeça. Mantive meus braços esticados enquanto o impulso, e o chão liso, me faziam deslizar para frente enquanto eu atirava até as duas armas estarem descarregadas.

Os guardas caíram com múltiplos baques. Eles estavam equipados com coletes Kevlar e colares de aço ao redor do pescoço, mas, embora seus visores escuros fossem à prova de controle de mente, eles não eram à prova de balas.

Coloquei minhas pistolas nos bolsos, junto com os pentes extras. Então peguei tantos rifles quanto podia carregar.

Agora, isso era melhor!

Bem na hora. No corredor à frente, outra explosão de barulho das botas soou. Olhei em volta, decidindo que ficar exposta era muito perigoso, mesmo com o meu novo arsenal, então me lançando para cima com força suficiente para atravessar o teto. Aquilo deixou minha cabeça zunindo com mais do que os sons de tiros quando os novos soldados encontraram seus colegas e começaram a atirar no buraco que eu fiz, mas eu já estava longe a essa altura. A cobertura externa ao redor da instalação era muito reforçada para que eu estourasse meu caminho até a luz do dia, ainda assim, como a maioria dos hospitais e laboratórios, ela tinha espaços entre os andares.

E esse, pelo menos, não era vigiado ou equipado com portas que fechavam automaticamente.

Eu saltei sobre canos e outros equipamentos enquanto corria para o que eu supunha que fosse a área das celas de vampiros, baseada nos pensamentos dos funcionários, além do fato de que ali havia uma sólida parede de aço subindo por todo o caminho até o próximo andar. Entretanto, antes que eu pudesse fazer meu caminho até a base, eu tive que desviar de uma chuva de balas. Os soldados também encontraram seu caminho até o espaço entre os andares.

— Estamos com a Espécime A1 encurralada sobre a Sessão 9! — Alguém gritou.

Aquilo foi seguido por uma resposta que eu não escutei, quando tive que me esquivar de outra sessão de tiros. Eu me abriguei atrás de um suporte de aço, permanecendo abaixada enquanto atirava de volta. Com a distância, e fumaça de todo o tiroteio, eu não tive nem de longe a mesma taxa de sucesso. Apenas um terço dos guardas caiu com seus visores estilhaçados, e eu ouvi mais reforço chegando.

Eu comecei a atirar nos soldados com uma mão, enquanto disparava no chão com a outra. Ficar olhando para o chão e para eles, enquanto precisava mudar de posição para não ser baleada, fez minha pontaria piorar ainda mais. A divisão em minha atenção também resultou em ser atingida por mais que algumas balas. Para minha surpresa, eram balas normais, não de prata. Ainda assim, se uma me atingisse entre os olhos, eu estaria indefesa enquanto meu cérebro curava o suficiente para que eu pudesse pensar.

Então uma granada foi lançada na minha direção. Eu a chutei para longe uma fração de segundo antes que ela explodisse. Não era uma granada de concussão amplificada, como eles usaram no píer, mas ela tinha estilhaços de prata. Eles devem estar ficando impacientes. Gastei alguns minutos angustiantes atirando cegamente enquanto meus olhos se curavam, e quando minha visão estava restaurada, para meu desânimo, vi que a barreira de aço sobre a cela dos meus amigos ainda estava intacta, apesar de eu ter esvaziado dois pentes inteiros no chão.

Night Huntress Vol #6Onde histórias criam vida. Descubra agora