"Eu definitivamente desaprendi a escrever nisso daqui. Tipo, isso é estranho pra caralho mas surpreendentemente bom pois sinto que estou falando sozinho porém tem alguém me ouvindo (isso soa pertubador, na verdade). Não sei explicar isso (e nem vou tentar) venho aqui comunicar que estou nervoso pra caralho com o que irei fazer hoje a noite. Porra, Noah, será que você não poderia ter escolhido uma data menos especial e em qualquer lugar que não fosse o pier de Santa Monica? Pedir o Josh em casamento no ano nono no pier de Santa Monica vai ser meio complicado e extremamente clichê, mas o que eu não faço pelo o meu amado, não é?
- bom, com todo o meu nervosismo, o (espero) futuro noivo"
Tá, achar esse diário foi uma coisa boa. Estar de volta na Califórnia é uma coisa boa como um todo, na verdade. Faz 3 anos que me mudei pro Canadá (e hoje vejo o quão gado eu fui pra chegar a esse nível) e a primeira vez que eu estou em LA sem ser para algum evento da gravadora e por isso realmente tenho tempo para olhar em algumas caixas vazias que continuam aqui. Essa vida de transitar entre Canadá e LA é meio cansativa, então ter o resto de meus pertences aqui me trás uma sensação mínima de casa, o que me conforta um pouco de estar longe do meu loirinho.
- cuidado pra não sobrecarregar o seu cérebro lerdinho, ele não é muito bom em pensar. - antes que eu pudesse continuar viajando pelas caixas, Any me interrompe, entrando sem alguma hesitação em minha casa. Eu abro um sorriso ao ver a brasileira.
- você trouxe, não é? - eu me aproximo da garota e a olho esperançosa, a espera de minha surpresa.
- é claro, bobão, nós ratos precisamos fazer a festa quando o gato sai. - ela abre um sorriso e tira uma pequena caixa de veludo vermelho do bolso de sua calça jeans - não sei se já te falei isso, mas fico feliz por vocês, Noah. Tipo, muito. Não vou negar que te odiei bastante por um tempinho, mas acho que tá tudo certo agora. E claro, eu quero ver o Josh bem, e ninguém é capaz de fazer ele tão feliz como você faz. - ela dá de ombros.
- que coisa fofa, Any - abro um pequeno sorriso e a abraço rapidamente, logo voltando a minha posição incial. - mas calma, você acha?
Ela me encara por poucos segundos e logo vira de costas para mim, indo apressadamente em direção a porta central.
- tchau, beijos, boa sorte e até de noite!
Eu solto uma risada enquanto a vejo deixar a casa.
𖦹𖦹𖦹
Eu tinha acabado de entrar no closet, ainda de toalha, quando Josh saiu abruptamente em direção ao banheiro.
- Você tá bem? - eu gritei do cômodo, enquanto pensava em algo pra vestir.
- sim, eu só tô com frio! - o loiro gritou de volta.
- Tá fazendo 25° e você mora no Canadá, Beauchamp. - eu solto uma rápida risada anasalada, mesmo sabendo que Josh provavelmente não tinha me ouvido devido ao som do chuveiro.
Após alguns minutos, quando Josh entrou no closet, eu estava quase terminando de me vestir.
- brinco preto ou prateado, vida?
O loiro, com o cabelo ainda molhado me encara atentamente por alguns segundos, abrindo um sorriso delicioso de se ver em seguida.
- prateado, te deixa mais gostoso - ele pisca rapidamente o olho direito, encarando o brinco em minha orelha. - e adianta, não tô afim de passar o réveillon dentro de um Uber - ele da de ombros.
- não me apressa que assim eu demoro mais, não gosto de ficar sob pressão.
Ele solta uma gargalhada e deixa um beijo em minha bochecha, vociferando um "te amo" em seguida. Ele rapidamente volta a focar em sua roupa, esquecendo completamente o resto do mundo.
𖦹𖦹𖦹
- 10!
- 9!
-8!
Eu encarava atentamente Josh, que estava ao meu lado, observando a multidão de gente gritar em um união a contagem de fim de ano.
- 7!
-6!
-5!
Josh se aproximou de meu corpo e entrelaçou seus braços por cima de meu ombro. Ele sorria enquanto contava os poucos segundos restantes.
- 4!
- 3!
-2!
Antes que eu (e o resto das pessoas) pudesse terminar de contar, Josh me beijou. Seus lábios macios estavam em sincronia aos meus, enquanto se desprendia lentamente do meu corpo e passava suas mãos pelo meu cabelo. Entre o beijo, ele abriu um lindo sorriso e sussurou um "feliz ano novo, vida" em meu ouvido. Antes que eu conseguisse o responder, ele se ajoelhou em minha frente, tirando uma caixinha idêntica a que eu carregava do bolso de sua bermuda.
- Agora, casa comigo?
Eu abro um sorriso com a cena, negando lentamente com a cabeça. Quais são as chances disso realmente ter acontecido?
- Cala a boca, Beauchamp - eu mordo o meu lábio inferior e me ajoelho a sua frente. - e você, aceita casar comigo?
Ele me olha com uma expressão de choque, mas logo cai na gargalhada, raciocinando o que acabou de acontecer.
- Acho que não preciso responder essa pergunta, preciso? - ele rapidamente nos levanta e tira uma das alianças da caixinha, o colocando em meu dedo. Eu faço o mesmo, porém com as alianças de minha caixinha. Pelo menos no final, os anéis combinaram juntos. Após a entrega de alianças, ele me abraça fortemente, deixando sua cabeça descansar em meu ombro. - Eu te amo, ok? Te amo, tipo, pra caralho. - ele sussura baixinho em meu ouvido, como se fosse um segredo precioso que apenas eu deveria saber. Meu coração derrete com as suas palavras.
- Eu sei disso e eu também te amo, até te pedi em casamento, gatinho - eu levanto sua cabeça e deixo uma sequência de beijos em suas bochechas e sua boca. - agora, vamos nos casar nas Maldivas, na Grécia ou na Itália? Quer algo mais estilo praia ou algo estilo vinhedo nas montanhas?
Ele solta uma gargalhada com a minha (séria) pergunta.
- Algo mais estilo praia, com certeza.
E nós ficamos assim o resto da noite, abraçados e discutindo sobre o nosso casamento.
𝑻𝒉𝒆 𝒆𝒏𝒅!
Pra começar: Obrigado por ter lido isso tudo. Obrigado por ter esperado e obrigado por ter chegado até aqui. Quero agradecer a cada um de vocês que leu isso daqui, que favoritou, que comentou, que fez isso daqui ser isso daqui, vocês são incríveis.
E claro, me desculpas por esse final horrendo, eu perdi muito a vontade de escrever (e ainda me afastei bastante dos meninos), fora a bagunça que estava/está minha vida, então isso aqui acabou ficando bem de segundo plano. Porém, decidi pegar e de fato, terminar essa fanfic querida.
Então, acho que aqui, chega o fim de Amor da porta ao lado :)
Obrigado por tudo, feliz ano novo e até a próxima!
💞
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O amor da porta ao lado
FanfictionJosh finalmente volta ao seu lar, Los Angeles, para cursar sua faculdade, mas não esperava ter que ficar na casa de Noah Urrea, pessoa que mais odeia em toda face da terra, mas também, a única por quem se apaixonou profundamente. Plágio é crime.