Eu já estava pronto. Enquanto esperava Any terminar de se arrumar, Josh mexia no telefone e pensava em coisas aleatórias, mas uma em específico lhe tirava a atenção. Uma informação secreta de Any que soube por Sabina. Ela não me contou, mas eu pude ouvir ela contando a novidade para Lamar em uma ligação. Ele ainda não tinha voltado, então any sempre estava em ligação com ele. Noah saiu de LA. O saiu não é específico, o que dificulta meu trabalho, mas pelo sentido, ele deixou LA. Ele se mudou. Como a mensagem não era completa, Josh não sabia para onde. Podia ser qualquer lugar, inclusive o Canadá. Quais eram as chances dele se mudar para me reconquistar? Eu sei que isso soou narcisista, mas eu talvez não deveria considerar isso impossível. Noah sempre foi apaixonado por LA, qual o sentido de se mudar? Ele já é rico, tem fama e tem tudo para continuar vivendo em LA, Por que diabos ele se mudaria? Talvez eu esteja exagerando e sendo extremamente narcisista, mas talvez eu esteja certo. Não sei definir a que lado do cérebro ouvir.
- Vamos, Joshua? Eu já tô pronta.
Any estava com um short jeans, um top preto e um tipo de blusa amarela por cima. Ela estava com uma maquiagem fraca, que realça a sua beleza natural.
- Tá solteira, gatinha?
- Credo, Josh? Gatinha? O mínimo de elogio que eu aceito hoje é leoparda.
Eu tentei disfarçar a risada, mas não consegui. Ela riu disfarçadamente.
- Você tá falando de mim? Você tá gatissimo. Se você não fosse viado, não estivesse apaixonado e eu não estivesse comprometida e apaixonada pelo meu boy, eu te pegava.
Eu estava consideravelmente simples, com uma calça preta e uma blusa branca com manchas azuis. Claro, com meus tênis pretos e uma bandana vermelha no cabelo. Bandanas e tênis são tipo um vício.Ao entrar na balada, o ar brasileiro me penetrou. Não sei o que tinha de diferente, mas aquele lugar cheirava ao Brasil. Any parecia surpresa e feliz, seus olhos brilhavam.
O espaço em si não era muito grande, mas podia comportar um número considerável de pessoas. Também não estava completamente cheio, mas o conforto de ter menos pessoas era um privilégio.A primeira música que eu reconheci foi da Anitta. Espero não ficar bêbado ao ponto de não conseguir dançar. A única coisa que eu quero é me divertir, e de preferência, rebolando a bunda.
Enquanto bebia meu drink não-muito-alcoólico, conversava com Any sobre Noah. Eu sei que não deveria ser tão obsessivo ou algo do tipo, mas meu coração não deixava.
- Eu sinto a falta dele em coisas mínimas. Um dia eu senti saudades de ter as roupas dele no meu guarda-roupa. As vezes eu acho que chega a ser absurdo ser tão emocionalmente dependente de alguém. O relacionamento não era abusivo nem nada do tipo, você sabe, mas eu antes de ir embora, eu não conseguia me imaginar sem ele. Em nenhum tipo de cenário. Eu era tão apaixonado assim?
- Josh, você era e ainda é apaixonado nele desde que temos, sei lá, 6 anos ou algo do tipo. Você só teve outra paixão na sua vida. O Noah foi uma parte enorme da sua vida. Você viveu praticamente metade da sua vida apaixonado por ele. Não falo que dependência emocional, seja normal, mas há certos motivos do porquê. Você sabe que eu não acho essa dependência emocional normal. Honestamente, eu quero que vocês sejam felizes juntos, eu gosto pra caralho de vocês, mas por um tempo, eu agradeci por você ter vindo embora. Você era tão dependente dele e emocionalmente instável que quando chegamos aqui, você ficou dias sem sair da cama. Tinha dias que você só chorava e nem comia. Seu psicológico sempre foi instável e sensível, então você sabe que deveria evitar certos tipos de coisas que podem te abalar. Eu espero que dessa vez, você não se doe a esse nível de dependência.
- Pra falar a verdade, eu também espero. Eu tô mais estável dessa vez. E para de criar expectativas, porque aí eu crio expectativa e fico insuportável e paranóico.
- Você já é insuportável. Não exatamente paranóico, mas neurótico.
- Eu estou literalmente ofendido, mas eu vou relevar.Depois de diversos drinks, quando Combatchy tocou, eu fui dançar. Any me acompanhou.
Quando o refrão começou, eu relaxei e realmente comecei a me soltar. Eu fico com vergonha de dançar bêbado. Loucura da bebida. Eu deixei tudo o que andava me estressando ir de uma vez só. Eu relaxei completamente e comecei a seguir o ritmo. Uma outra menina se juntou e também começou a rebolar. Depois que a música acabou, a menina veio falar conosco. Ela era loira, e usava uma roupa semelhante a de Any.
- Oi, Tudo bem, gatinho?
- Ai, meu deus, desculpa, eu sou gay.
Ela começou a rir.
- Ah, droga, te achei bonito. Mas e a sua amiga?
- Olha, hétero ela não é não, mas ela é comprometida.
- Hoje eu tô azarada demais. - Ela riu de um jeito sem graça e começou a se afastar.
Ao reconhecer a música, eu soltei sem pensar:
- Mas se você quiser, você pode descer na boquinha da garrafa com a gente.
Ela pegou uma garrafa na mesa mais próxima e botou no meio da pista. Uma rodinha se formou a nossa volta.
Eu fui o primeiro. Lentamente e com certa elegância, eu descia na boquinha da garrafa. Ao mesmo tempo que subia, rebolava e me divertia.
A próxima a descer foi a menina que estava com a gente. Eu descobri que era se chamava Lara e era brasileira (que surpresa!). Enquanto ela descia, uma pessoa familiar a observava. Seu rosto estava no escuro, mas o reconheceria mesmo que estivesse cego.
- Noah?📢📢📢
Bom dia, meu povo
Como vocês tão? Pq eu tô de quarentena e já tô morrendo de tédio.
Seguinte, se previnam, ok? O corona tá a solto por aí, e enquanto não existe vacina, temos que previnir o máximo possível.
Vocês já devem estar cansados de ouvirem os meios de prevenção, então suponho que já os saibam de cor. Mas caso não saibam, podem me chamar na DM ou ir no site do ministério da saúde.
Tomem cuidado com o coronga e até o próximo capítulo :)
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O amor da porta ao lado
FanficJosh finalmente volta ao seu lar, Los Angeles, para cursar sua faculdade, mas não esperava ter que ficar na casa de Noah Urrea, pessoa que mais odeia em toda face da terra, mas também, a única por quem se apaixonou profundamente. Plágio é crime.