Acordo com o despertador marcando 6:30am, já sabendo que será mais um dia na cidade ensolarada de Califórnia. Odiava o fato de estar ali, morando aqui.
O sol já iluminava todo meu quarto. Fecho os meus olhos logo aos abrindo e encarando o teto, tento me lembrar do sonho que tive na noite passada. Más só o que lembro, é de alguém correndo, e um choro de bebê. Aperto meus olhos, e os abro. Lembro da vaga sensação do vazio e de sentir medo.
É difícil não repetir o ciclo de toda manhã, e pensar, mas uma vez lembrar de como cheguei aqui. É com profundo, levar uma pessoa a tenta de tudo para achar a verdade a poucos meses atrás estava a beira da loucura, mas agora me sinto em uma entrada, longa e sem saída.
Fecho novamente meus olhos, e só consigo vê-lo em meio a densa névoa na escuridão. Ele está parado. Tento me aproximar, mas não dá, ele está cada vez mais distante, e então some. Sei que estou chorando, mas não posso me conter. O que posso fazer? Eu ainda o amava tanto.
Ericky morreu e levou com ele uma grande parte de mim. A dor era a única que me mantinha viva, e mesmo parecendo estranho, a dor me mantinha perto de dele.
O acidente não deixou só essa marca da perda dele, em minha vida, mas também levou uma parte da minha memória. Tento forçar meu corpo a se levantar. Passo a mão pelos meus cabelos. Devia estar feliz. Era a última semana de aula. Poderia voltar e, finalmente, resolver o mistério da morte de Ericky. Pode parecer estranho, mas não acredito em um acidente de carro, e sei que cada molécula do meu corpo gritar para que acredite em meu coração.
Sou despertada de meus profundos pensamentos por uma batida na porta.
- Júlia, você vai se atrasar. O café já esta pronto! - A voz de Amy me despertar e volto a realidade.
- Já vou! - Minha voz sou embaraçada como se estivesse chorando.
- você está bem? - Parece que a deixei preocupada, limpo a garganta.
- Sim, Amy, daqui 10 minutos vou descer! - Acho que assim está melhor, não quero minha irmã aflita comigo
Me levanto da cama e caminho até o espelho. Dizem que uma pessoa pode mudar muito em um ano, mas acho que comigo não. Se contar o fato de ficar quase louca, acho que isto não é mudar.
Enquanto tomo meu banho, sou forçada a contar quantas vezes tive pesadelos desde que cheguei aqui. Sabia que, no fundo, cada sonho era a chave para algo ruim.
(***)
Amy está na cozinha fazendo panquecas, como sempre. Ela rodopia pela cozinha. Pelo visto, o encontro de ontem com o namorado dela foi bom.- Bom dia, maninha. Como dormiu? - Ela sorri e para na minha frente. Amy é alta, loira, olhos azuis, bem diferente de mim, que sou mais baixa, cabelos e olhos claros, nosso humor e quase o mesmo, ela é minha melhor amiga.
- Não muito, tive pesadelos novamente. - Ela me encara, e sua expressão muda. Sei que ela não sabe o que falar. Acho que, ela já não aguentar meus gritos pela noite.
- Sempre vou estar aqui. Sei o quanto é difícil, mas eu vou estar aqui e vou te ajudar a superar tudo isso. - Ela sorri e me abraçar.
- Eu te amo, loirinha. - Sorrio para ela, e me sento na mesa. Amy caminha até a geladeira, pega um jarro de suco e se senta. - Como foi ontem, o encontro com o Luke? - Um grande sorriso se expõem no lábios de minha irmã. Nunca a vi tão bem antes.
- Foi incrível, ele é tão... - Ela diz com um olhar sonhador
- Incrível - Completo as palavras de minha irmã. Dou um meigo sorriso para ela. - Fico feliz que esteja bem com ele.
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50 Mil lágrimas
FantasíaNada e tão certo, o que se sabe sobre um bebê deixado em uma porta, pela madrugada. A jovem Júlia não imaginava que o seu mundo iria mudar a ponto de uma grande mudança no passado no presente e no futuro. Ao menos que existia lugar tão incrível, com...