Capítulo 1° parte 1

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Acordo com o despertador marcando 6:30am, já sabendo que será mais um dia na cidade ensolarada de Califórnia. Odiava o fato de estar ali, morando aqui.

O sol já iluminava todo meu quarto. Fecho os meus olhos logo aos abrindo e encarando o teto, tento me lembrar do sonho que tive na noite passada. Más só o que lembro, é de alguém correndo, e um choro de bebê. Aperto meus olhos, e os abro. Lembro da vaga sensação do vazio e de sentir medo.

É difícil não repetir o ciclo de toda manhã, e pensar, mas uma vez lembrar de como cheguei aqui. É com profundo, levar uma pessoa a tenta de tudo para achar a verdade a poucos meses atrás estava a beira da loucura, mas agora me sinto em uma entrada, longa e sem saída.

Fecho novamente meus olhos, e só consigo vê-lo em meio a densa névoa na escuridão. Ele está parado. Tento me aproximar, mas não dá, ele está cada vez mais distante, e então some. Sei que estou chorando, mas não posso me conter. O que posso fazer? Eu ainda o amava tanto.

Ericky morreu e levou com ele uma grande parte de mim. A dor era a única que me mantinha viva, e mesmo parecendo estranho, a dor me mantinha perto de dele.

O acidente não deixou só essa marca da perda dele, em minha vida, mas também levou uma parte da minha memória. Tento forçar meu corpo a se levantar. Passo a mão pelos meus cabelos. Devia estar feliz. Era a última semana de aula. Poderia voltar e, finalmente, resolver o mistério da morte de Ericky. Pode parecer estranho, mas não acredito em um acidente de carro, e sei que cada molécula do meu corpo gritar para que acredite em meu coração.

Sou despertada de meus profundos pensamentos por uma batida na porta.

- Júlia, você vai se atrasar. O café já esta pronto! - A voz de Amy me despertar e volto a realidade.

- Já vou! - Minha voz sou embaraçada como se estivesse chorando.

- você está bem? - Parece que a deixei preocupada, limpo a garganta.

- Sim, Amy, daqui 10 minutos vou descer! - Acho que assim está melhor, não quero minha irmã aflita comigo

Me levanto da cama e caminho até o espelho. Dizem que uma pessoa pode mudar muito em um ano, mas acho que comigo não. Se contar o fato de ficar quase louca, acho que isto não é mudar.

Enquanto tomo meu banho, sou forçada a contar quantas vezes tive pesadelos desde que cheguei aqui. Sabia que, no fundo, cada sonho era a chave para algo ruim.

(***)


Amy está na cozinha fazendo panquecas, como sempre. Ela rodopia pela cozinha. Pelo visto, o encontro de ontem com o namorado dela foi bom.

- Bom dia, maninha. Como dormiu? - Ela sorri e para na minha frente. Amy é alta, loira, olhos azuis, bem diferente de mim, que sou mais baixa, cabelos e olhos claros, nosso humor e quase o mesmo, ela é minha melhor amiga.

- Não muito, tive pesadelos novamente. - Ela me encara, e sua expressão muda. Sei que ela não sabe o que falar. Acho que, ela já não aguentar meus gritos pela noite.

- Sempre vou estar aqui. Sei o quanto é difícil, mas eu vou estar aqui e vou te ajudar a superar tudo isso. - Ela sorri e me abraçar.

- Eu te amo, loirinha. - Sorrio para ela, e me sento na mesa. Amy caminha até a geladeira, pega um jarro de suco e se senta. - Como foi ontem, o encontro com o Luke? - Um grande sorriso se expõem no lábios de minha irmã. Nunca a vi tão bem antes.

- Foi incrível, ele é tão... - Ela diz com um olhar sonhador

- Incrível - Completo as palavras de minha irmã. Dou um meigo sorriso para ela. - Fico feliz que esteja bem com ele.

50 Mil lágrimasOnde histórias criam vida. Descubra agora