Todos guardamos segredos só que alguns são maiores e mais sufocantes do que outros e com Hailee Vikander não seria diferente.
O seu segredo a fazia manter distância das pessoas, evitava tocar todos que se aproximassem pois ao completar vinte anos...
Tyler me explicou tudo sobre o sujeito que havia feito aquilo comigo e com não sei mais quantas vítimas, parece que o homem sofria de alguns traumas da infância e acabou criando esse vínculo de ódio contra as mulheres. Na casa dele foi encontrado a capa de chuva e até a máscara como eu havia descrito.
Fora isso havia mais fotos de mulheres que ele espionava diariamente afim de descobrir sua rotina. Entre elas estava eu e Joanne, só então tudo fez sentido, no dia em que a conheci era desse homem que ela estava fugindo e certamente ele é o mesmo que eu avistei nos observando em frente ao prédio onde ela mora quando a deixei.
Eu o impedi naquela noite e acabei entrando na sua lista de ódio. Mas agora tudo estava acabado.
Por volta das oito horas da noite eu já estava de pijama jogada no sofá comendo macarrão instantâneo enquanto assistia mais um dos filmes de Tyler. Eu o estava vendo muito ultimamente, tanto na tv quanto pessoalmente, nesse ritmo vou ter sonhos comom ele também.
Acabo adormecendo ali mesmo.
Desperto só no outro dia com o sol raiando entre a cortina aberta.
Observo o cobertor sobre meu corpo. Alison chegou tarde e me cobriu como sempre.
Após me arrumar preparo o café da manhã e deixo um bilhete para minha amiga, preciso sair mais cedo pois passarei no hospital para ver meu pai.
Também preciso correr, então uni o útil ao agradável e faço uma corrida até o hospital.
Ao chegar vou direto ao banheiro e me refresco um pouco antes de ver meu pai.
Assim que saio esbarro com o médico que cuida do caso.
__Bom dia doutor. Como meu pai está?
Ele sorri complacente.
__Bem, nada em seu caso mudou, mas ele não sofreu mais nenhum problema nesse meio tempo.
__Entendo. Ah, ainda esse mês pagarei adiantado a conta hospitalar.
Antes que eu me afaste ele me chama a atenção.
__Hailee...Pode ficar tranquila quanto ao pagamento, seu chefe adiantou os próximos três meses.
__Meu chefe? -Pergunto sem entender nada.
__Sim, Tyler Calleigh.
Apenas assenti e me afastei.
Entrei no quarto onde meu pai estava e saquei o celular do meu bolso.
Olhei meu pai ainda mais pálido e magro. Beijei sua testa e abri as cortinas da janela.
Liguei para Tyler enquanto olhava pela janela.
__Bom dia. Ainda é um pouco cedo, não é? -Ele atende com a voz grogue.
__O que você fez? Por que pagou a conta? Eu não te pedi nada.-Digo desenfreada.
Ouço sua respiração pesar do outro lado da linha.
__Foi só uma ajuda. Desde que me contou sobre seu pai, imaginei o quão difícil devia estar sendo administrar as contas e...
__Você não deveria fazer isso. Eu vou te pagar de volta, desconte do meu salário, por favor.-Encerro a chamada.
Bufo passando as mãos no rosto.
Fico mais alguns minutos ali zelando por ele antes de voltar para casa e me arrumar para o trabalho.
Às oito o motorista chegou apenas dispensei. O acordo com Tyler era de ter o motorista só até aquele sujeito ser pego, não posso mais ficar usufruindo de algo que era para ele.
Peguei um táxi e ainda a caminho recebi três ligações dele. Talvez para saber o porquê de eu dispensar seu motorista.
Ao chegar na mansão usei minha chave e adentrei.
No momento em que avistei Tyler achei melhor ter tocado a campainha antes.
Ele descia a escada vestindo apenas uma calça jeans preta, seu cabelo estava úmido sinalizando que havia acabado de sair do banho.
Quando seus olhos encontram os meus vejo o alívio dele ao me ver.
Descendo os últimos degraus depressa ele termina com a distância entre nós.
__Pensei que havia te perdido.
Franzo o cenho.
__Você dispensou o motorista imaginei que não viria mais...-Se corrige sem tirar os olhos dos meus.
__Eu tenho uma dívida com você agora. E não há mais necessidade do motorista, lembra?-Digo soando mais rude do que o desejado.
__Claro, mas você ainda pode usá-lo.
__Não, você já está fazendo demais por mim. Obrigada.
Ele sorri e veste a camisa que carregava em sua mão.
Meus olhos descem para seu abdômen trincado, engulo em seco.
Ele pigarreia notando meu olhar para onde não devia.
Volto a olha-lo nos olhos.
Com um sorriso de canto nos lábios ele se aproxima ainda mais de mim.
__O que você está fazendo?
__Não sei. O que eu deveria fazer?
Me afasto até bater de costas na parede, ele passa sua mão rapidamente por trás da minha cabeça impedindo-me de bate-la também.
__Acho que você deveria se afastar.
__Tudo bem. -Ele concorda e então deposita um beijo suave em minha testa.
Fecho os olhos sentindo todo meu corpo arrepiar e quando volto a abri-los ele já está distante.
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Capítulo curtinho, mas veio mais cedo. Quis recompensar um pouco vocês, já que ando demorando muito, muito mesmo para postar cada capt. Obrigada por não desistirem do nosso casal :)
