Em suas mãos

capítulo 7

Os dias passaram e eu não obtive muito êxito em conseguir reposta de qualquer restaurante que fosse. Mudei de tática e comecei a deixar currículo em todos os lugares que tinha vaga de emprego, mas nada.

Alison me chamou novamente para trabalhar com ela, mas ambas já sabíamos que não daria muito certo.

Visitei Harriet e sua irmã ambas estavam bem e aquilo me tranquilizou. Passei pra ver meu pai também e agradeci aos céus por não encontrar minha mãe.

O final de semana chegou e eu não tive escapatória, concordei em ir no aniversário de Nick já que Joanne disse que me ajudaria a arrumar um novo emprego, eu não havia contado nada, mas ontem ela passou no restaurante e perguntou por mim então Harriet explicou a situação e aqui estamos.

Coloquei um jeans preto e uma camisa branca junto a uma jaqueta também escura por fim calcei uma bota estilo militar e prendi o cabelo em um rabo de cavalo. No rosto apenas um rímel e um brilho labial.

Ao sair do quarto Alison assobiou me fazendo dar uma voltinha.

__Agora você parece um pouco mais descente amiga, não aguentava mais te ver de pijama.

Faço uma careta pra ela.

__Obrigada pelo apoio. Ah, hoje vou ver Tyler Calleigh, tem algum pedido especial?

Ela salta do sofá.

__Mentira! É um encontro?

Gargalho.

__Não, eu só vou no aniversário de alguém que temos em comum então provável que ele esteja lá.

Ela assente.

__Me manda foto então, ok?

Concordo.

__Vai precisar do carro hoje? -Indago.

Ela nega.

__Pode ir, qualquer coisa eu chamo um táxi.

__Ok, até mais tarde.

[•••]

Seguindo o endereço que Joanne me deu notei ser uma parte mais sofisticado da cidade, sei que não é onde Joanne mora pois eu já havia deixado ela em casa no dia que nos conhecemos então deve ser a casa do Nick mesmo ou será do Tyler?

Ao chegar me anuncio no interfone da entrada em frente ao enorme portão e minha passagem logo é liberada.

Estaciono ao lado de outros dois carros. Me senti levemente oprimida pelo luxo do lugar e carros.

Olhei para minha roupa e me perguntei se não estava casual demais. Talvez era melhor ter colocado um vestido... Não, não! É só um jantar, nada demais.

Respirei fundo e forcei um sorriso amenizando minha tensão.

Antes que eu pudesse me aproximar da entrada da mansão a minha frente, um cachorro grande e com cara de poucos amigos se aproximou.

__Ei, amiguinho. -Murmurei sentindo minhas pernas fraquejarem.__É só um pitbull está tudo bem. -Disse não crendo em minhas próprias palavras.

Recuei um pouco afim de entrar no carro ele rosnou e se aproximou mais.

__Droga por que essas coisas acontecem comigo?

O cachorro corta a distância entre nós me fazendo cair com o susto.

Grito ao sentir suas patas em cima de mim. Por instinto coloco minhas mãos a frente e ao tocar sua cabeça seus latidos e rosnados cessam, ele apenas me encara como se estivesse encantado.