Dezoito.

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AVISOS: Esse capítulo, assim como todos os outros, contém assuntos sensíveis como sexo explícito, prática com arma de fogo (consensual) e palavras de baixo-calão. 


Alguns dias se passaram e o rolo entre Soonyoung e Seokmin finalmente tornou-se de conhecimento de Minghao, que quis esganar o traficante por se envolver com mais um de seus amigos dentro da lei, mas no fim apoiou ambos e suas respectivas felicidades. Mesmo sendo criminoso, era nítido o quanto o mais velho estava apaixonado pelo Lee.

O primeiro contato dos dois foi na primeira vez que o escritor usou drogas, então sequer dirigiram a palavra um ao outro. O segundo encontro de ambos foi no puteiro e conseguiu ser ainda mais caótico, mas foi naquele mesmo dia que trocaram números e começaram a conversar por mensagens.

No final das contas, o moreno não era de todo mal. Acabou se aproximando do rapaz com rapidez e logo os dois estavam grudados feito carne e unha, inclusive o castanho até mesmo quis experimentar maconha com o traficante apesar de sua insistência para não fazê-lo. Não houve surpresa quando os dois acabaram se beijando em um dos becos numa das madrugadas em que o secretário foi fazer companhia ao outro, e logo começaram a ter um pequeno lance. Era recente, mas ambos estavam sempre juntos, compartilhando tudo o que sabiam um com o outro e passando todo o tempo livre que tinham em conjunto.

Essa era a razão de Seokmin estar andando em passos rápidos pelo estacionamento do apartamento de seu chefe com fogo saindo de seus olhos, tendo um Soonyoung apressado e completamente arrependido tentando alcançá-lo com passos largos.

— Seok, por favor, espera! — Gritou em vão, já que o outro não parou de andar. — Merda, eu não devia ter aberto a boca.

— Sim, você devia! Ele tá se envolvendo com um prostituto e indo para aquelas bandas enquanto tem um policial na área?! Ele é louco! — O rapaz estava indignado, batendo o pé no chão inquietamente enquanto o elevador não chegava. — Minghao vai ver só.

De repente o mais novo saiu correndo e foi na direção das escadas, mas quando o traficante fez menção de segui-lo, recebeu um olhar tão feio que voltu com o rabo entre as pernas, esperando. Ouviu passos atrás de si logo quando as portas se abriram e entrou no elevador, encostando-se na parede.

Seus olhos dobraram de tamanho quando viu Junhui entrando junto consigo e o rapaz também lhe reconheceu, pois logo ambos se encararam e começaram a rir. O traficante se recuperou antes que chegassem no andar desejado e secou as pequenas lágrimas que se acumularam em seus olhos, negando com a cabeça. De fato, ele conhecia muitas figuras peculiares.

Ambos saíram e encontraram a porta do apartamento do escritor fechada, o que encheu o coração do Kwon de desespero. O dedo do agiota pressionou a campainha despreocupadamente e ele cruzou os braços, esperando por seu conhecido, mas quem abriu a porta foi um Seokmin irado. Logo atrás de si estava o dono da residência, que também parecia bravo, mas fez uma expressão genuína de pânico ao reconhecer as novas figuras no recinto. Seu amigo lhe olhou e olhou para onde ele olhava, franzindo o cenho.

— O que mais tá acontecendo aqui que eu não sei?! — Disse, num tom magoado. — Como pode dizer que somos amigos e esconder as coisas de mim?! A sua imagem é uma mentira! — Pausou o que dizia, parecendo estar a ponto de chorar. — Quem é Vernon?!

— A minha vida pessoal não interessa a ninguém além de mim, ok?! — Minghao rebateu, com os lábios trêmulos de raiva.

— Ele só tá preocupado com você, Minghao. Confesso que também tô. — Soonyoung se intrometeu, tendo todos os olhos em si. — Os meninos do Seungkwan são perigosos, eles tão sempre enganando e usando os clientes bobinhos que arrumam por aí. Você acha que encontrou um amigo lá dentro, mas você só tá sendo usado.

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