AVISOS: Esse capítulo, assim como todos os outros, contém assuntos sensíveis como morte, violência explícita e descrições detalhadas de cadáver.
Fardado, Wonwoo entrou na delegacia com as mãos trêmulas enquanto as apertava uma contra a outra, sentindo o coração bater forte na caixa torácica. Seus passos eram pesados e o burburinho em volta não parava nunca, assim como as vozes em sua cabeça.
Foi direto para a sala do delegado e bateu na porta duas vezes, ouvindo um "entre" ser dito e empurrando a porta de madeira, a fechando. Fez sentido e então se sentou na cadeira livre, encarando suas botas.
— Vim dar meu relatório, senhor.
— Certo, comece por Wen Junhui.
"— Eu juro por Deus, eu não conversei com ele- — Mais um soco foi desferido em sua boca.
— Fala o que você sabe sobre ele, seu desgraçado!
— Eu juro que não sei! — Nunca viu Seungcheol tão frágil. — Eu encontrei com ele quando o Josh me atendeu pela primeira vez... Ele, de alguma forma, já sabia que estávamos atrás dele.
— E o que você fez a respeito?
— Nada, eu juro! Tudo que eu queria era ver o Joshua, eu só investiguei o Junhui à mando da delegacia! Só sei que ele anda muito pela área, só isso.
O avermelhado ajeitou seus óculos, massageando as têmporas enquanto sentia a raiva ferver dentro de seu peito.
— Por que está tão bravo?
— Por quê?! Nosso dever é proteger as pessoas, Seungcheol, e você tirou a vida de uma pessoa que ia colaborar com a gente! — Wonwoo urrou de raiva, batendo com a coronha da pistola na orelha direita do mais velho, que gemeu de dor ao ficar desorientado. — Provavelmente você desconfiou que o Minghao sabia de alguma coisa e ficou com medo dele ter dito algo, não foi? Sabia que, se o Mingyu contasse sobre as suas saidinhas, você seria exonerado da corporação, não é?
— Eu não-
— A bala encontrada no corpo era de calibre policial. Tem pólvora na sua blusa agora. Ele morreu ontem, enquanto você ainda estava suspenso, e você está portando sua pistola de trabalho fora do horário de trabalho. — Pontuou prova por prova, semicerrando os olhos. — A sua sorte é que eu prezo pelo meu emprego. — Cuspiu aos pés do mais velho, enojado, e caminhou na direção do carro enquanto jogava a arma do outro longe. — Ao menos um de nós tem que honrar a farda."
— Certo... — O delegado murmurou, anotando as informações no registro criminal de Seungcheol. — Agora, de Kim Mingyu.
"A chuva começou de tarde e só parou na manhã do dia seguinte, quando os comércios começaram a abrir para funcionar. Não se sabe ao certo em que hora exata, mas uma gritaria começou quando um cadáver foi achado no estacionamento de um mercado local em um bairro vizinho de Kabukicho.
O pequeno monte de caixas de papelão abertas já parecia suspeito de longe, mas quando um dos funcionários estranhou a aglomeração, se arrependeu amargamente disso. Cinco pessoas diferentes estavam vomitando quando a polícia chegou para examinar a cena do crime e retirar o cadáver, entre estes Jeon Wonwoo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
KINDRED.
FanfictionMortes, drogas, mentiras e sedução. Deslumbrado pelo dinheiro fácil, Minghao, um jovem escritor, entra numa teia de mentiras e atração quando um fantasma de seu passado volta para lhe assombrar junto com muitas outras figuras emblemáticas. Um mês, t...