CAPÍTULO XVII - Lembranças amargas.

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Um dia após o acidente, tivemos que voltar com as nossas vidas normais, na escola e no trabalho. O final de semana pareceu ter durado bem mais tempo do que apenas dois dias, só pelos tantos eventos acontecidos. E acabou em um piscar de olhos, de forma trágica. Hinata ainda não havia acordado, mas infelizmente, eu não posso ficar ao seu lado até o momento que isso vier a acontecer, pois preciso cumprir com minhas obrigações.

   Mal chego na escola, e já sou abordada pelas minhas amigas, todas muito preocupadas. As pessoas não souberam sobre o acidente quando ele aconteceu, apenas um dia depois, Neji e o Sr. Hyuuga acharam mais conveniente, além de avisarem apenas a direção da escola e alguns amigos próximos. Eu e as meninas vamos até o bendito banco do pátio, onde conto tudo que aconteceu, e o estado de Hinata.

   — Graças a Deus não aconteceu nada com você também — fala Tenten, soltando o ar de preocupação.

   — Foi tudo tão de repente, uma hora estávamos rindo e conversando, e pela manhã ela sofre um acidente.

   — A verdade é que as coisas acontecem assim, sem que esperemos — fala Temari, parecendo se perder em seus próprios pensamentos.

   — Ela pode receber visitas? — pergunta Ino.

   — Pode sim, embora não tantas de uma vez.

   — E o Naruto? — pergunta Ino, novamente.

   — Como eu disse, ele está bem melhor. Alguns machucados, mas nada tão grave, ainda bem. Acho que ele vai receber alta logo, logo.

   — Podemos ir hoje ao hospital, depois da escola — sugere Tenten.

   — Eu só posso depois do trabalho, e depois do trabalho extra — falo.

   — Ah, verdade! Também tenho trabalho hoje. Eu saí da órbita nesses dois dias — fala Ino.

   — Ficou fora de órbita? — pergunta Temari, com humor. — Tem algo que não sabemos, Ino?

   Ino fica vermelha de repente, o que era um tanto incomum, dificilmente ela era intimidada por alguém. É algo simplesmente encantador nela: autoconfiança e segurança, mas até pessoas assim têm lá seus momentos de constrangimento, embora eu não consiga pensar em nada que a possa ter afetado em uma simples pergunta.

   — Nada de extrema importância — responde Ino, levantando-se do banco logo em seguida. — Acho que já deu nossa hora.

   Por mais que a nossa hora estivesse mesmo chegando, ainda não havia chegado. Ino está tentando fugir da conversa, o que revela que ela tem algo a esconder, mas todas nós mantemos nossos próprios segredos, portanto, respeitamos o espaço umas das outras.

   Sem mais conversas, vou até a sala da minha primeira aula do dia, assim como minhas amigas.

    O dia todo, não vi Sasuke pela escola.

𖤛𖤛𖤛

   — Droga! — Ino pragueja, colocando a bandeja vazia sobre o balcão. — Não vou conseguir ficar calada.

   — O que aconteceu? Você está bem? —  pergunto.

   Ela assente.

   — É sobre esse fim de semana.

Como não me apaixonar por você? - SASUSAKUOnde histórias criam vida. Descubra agora