A primeira vez. Todos temos nossas fantasias sobre primeiras vezes. O primeiro beijo, o primeiro passeio em uma montanha russa, o primeiro pedido de namoro... São infinitas coisas. A realidade é um pouco diferente, sempre é. Certas vezes ela é tão diferente que decepciona, mas não muda o fato de primeiras vezes serem inesquecíveis.
Eu imaginei perder minha virgindade de várias formas, em poucas delas seriam situações aleatórias. Uma coisa mais romântica, mais aérea, mas nunca de forma tão inesperada. Aí que está, quando ouvia histórias sobre primeiras vezes malucas, eu ficava horrorizada, mas é a realidade. A necessidade alarmante que o corpo consegue chegar, isso pode jogar seu raciocínio no lixo.
Nunca nem sequer passou pela minha cabeça que eu poderia estar em uma cama com Sasuke.
Okay, talvez tenha passado. Mas sempre me pareceu algo tão utópico, que a realidade parece sonho.
Quando sua mão rígida toca a pele sensível do meu seio, me sinto estremecer. Claro que já peguei nos meus seios várias vezes, mas convencionalmente para limpar ou arrumar dentro do sutiã. E mesmo que eu saiba como eles podem ser usados para sentir prazer, nunca imaginei que a sensação pudesse ser tão boa, mesmo que a ideia pareça um pouco devassa. Quando eu penso que o carinho já é excitante o suficiente, sinto-o apertar o mamilo, senti uma leve dor e muito prazer.
Ele beija minha barriga de modo que não sinto cócegas, apenas necessidade de algo que nem sei, ou melhor, sei muito bem. Fecho os olhos e começo a gemer sem nem me dar conta, quando sinto que os beijos pararam, abro os olhos, ainda ofegante, e o vejo me olhando com muita atenção, deixo escapar um sorriso vergonhoso nos lábios.
— O que foi? Por que está me olhando desse jeito? — pergunto, sem desviar meus olhos dos dele.
— Estou olhando você – responde. – Não tem noção do quanto está linda agora.
— Nunca imaginei que fosse capaz de me dizer algo assim.
— Nem eu.
Ele retira a mão de dentro do meu sutiã e agarra minha cintura, me fazendo ficar por cima dele, peito contra peito, barriga contra barriga, rosto contra rosto. Não sei se fico triste ou feliz com a ação. Ele toca meu rosto e faz um carinho engraçado na minha testa.
— Só falta você falar da minha testona.
— Sua testa nem é grande. Por que as pessoas te chamam assim?
— O quê? – levanto a franja que cobre uma parte da minha testa. – Talvez porque eu tenha uma testa grande mesmo.
— Sua testa tem um tamanho perfeitamente normal.
— Talvez você precise de terapia ou consulta de vista.
Nós dois rimos e ele agarra meus cabelos, puxando-os levemente, depois beija minha mandíbula, queixo e, por fim, os lábios. O beijo em si não demonstra segundas intenções, mas quando o local é inflamável, qualquer faísca é sinal de perigo. No modo automático, começo a mover a cintura, como uma dança, sentindo uma enorme necessidade. Sasuke separa nossas bocas e respira fundo, depois coloca um sorriso de lado no rosto.
— Está tentando me matar? – pergunta ele, apertando mais meu corpo contra o seu.
— Por que a pergunta?
— Eu não te conheci assim, Sakura.
— Ninguém me conheceu assim.
Solto um grito fino de surpresa quando sinto ele me apertar mais ainda.
— Como consegue ter uma boca doce e travessa ao mesmo tempo?
Não respondo, nem sequer tento dizer algo, pois acabaria por falhar miseravelmente.
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Como não me apaixonar por você? - SASUSAKU
FanfictionSakura tem uma paixão de infância, como quase todas as pessoas, a diferença é que a paixonite perdurou mais do que o esperado. Ela mantinha o segredo, mas tinha quase certeza de que ele desconfiava dos seus sentimentos. Certa noite, num dia onde tud...