CAPÍTULO XI - Reencontros.

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   O final de semana da discórdia chegou. O aniversário de Fugaku. Fico feliz por ser o aniversário dele, mas fora isso... eu estava querendo parar o relógio, assim o tempo atrasaria mais. O problema não é a casa de campo dos Uchihas, e nem os próprios Uchihas, o problema são as certas pessoas que moram nas redondezas. Ou melhor, a certa pessoa.

   Minha primeira desilusão amorosa. Sempre fui apaixonada por Sasuke, desde que o vi, mas uma vez eu conheci um garoto tão legal, que quase desapaixonei, quase.

   Mas eu era muito jovem, e Idate Morino era a imagem de namorado perfeito que qualquer menina teria. Foi o meu primeiro verão na casa de campo dos Uchihas, Sasuke e Itachi nunca passavam o verão lá. Mas tinha Shisui, primo deles, e um ano mais velho que Itachi. Ele era gentil comigo, isso me fazia derreter também, já que nunca tinha tido muita experiência com garotos. Ele me apresentou Idate, e foi por ele que eu tive a queda maior.

    Idate era alto, igual Shisui, tinha os cabelos grandes e rebeldes, era confiante e tinha um sorriso encantador. A real é que ele me notou, e para uma garota da minha idade, com uma beleza quase mediana, isso significava muita coisa. Ele fez eu me apaixonar, ou eu me iludi sozinha. Tudo aconteceu, principalmente por culpa de uma rodada de verdade e desafio, onde Idate me deu um selinho. E dias depois, ele agiu de forma tão fofa comigo, acabei ficando mais caidinha ainda.

   Mas, no final do verão, quando Idate me chamou para sairmos sozinhos, eu fiquei tão nervosa e feliz  por pensar que finalmente daria meu primeiro beijo de verdade. Mas ele só queria ajuda para pedir outra garota em namoro. Foi um soco no estômago.

   Sempre que vou para lá, trato de me manter bem escondida, assim não corro o risco de vê-lo. Mas, dessa vez, a situação é diferente, será o aniversário de Fugaku, e ele provavelmente irá convidar Idate com a família. Seria impossível não encontrá-lo. A não ser que sua presença na vila seja exclusivamente no verão.

   Mas tinha um lado bom, Sasuke. Ele poderia me ajudar a lidar com aquilo, me dando as famosas dicas.

   — Sakura! — ouço minha mãe gritar.

   — Oi.

   — Você precisa para com essas coisas, menina. Eu penso que a qualquer hora terá um treco. — ela fala, colocando as últimas roupas na mala.

   — Parar com o quê?

   — Você para de falar, e começa a encarar o nada, eu tento falar com você e você parece até estar dormindo.

   — Eu só estava perdida em pensamentos.

   Minha mãe respira fundo, colocando a última peça de roupa na mala, logo começou a fechá-la

   — Você faz umas coisas estranhas. Fala sozinha o tempo todo. — ela fala, vendo algo no celular.

   — Ele não vai mandar mensagem, mãe. Desista. — levanto da cama da minha mãe e saiu para buscar minha mala.

   Quando chego na porta do quarto, minha mãe fala bem alto:

   — Não estou esperando mensagem de ninguém.

   — Infelizmente, está sim. — falo, bem baixinho.

  

   Eu não sei dizer o que é pior. Minha mãe não para de falar sobre casamento e histórias de amor com o Itachi, o fato de Sasuke mal ter olhado na minha cara, ou o meu celular descarregado.

   Itachi conversou com a minha mãe para irmos todos juntos até a casa de campo, ela concordou facilmente. O ruim, era que eu tinha acabado de sair da escola quando ela me apressou para arrumar as malas, estou cansada.

Como não me apaixonar por você? - SASUSAKUOnde histórias criam vida. Descubra agora