Como não me apaixonar por você? - SASUSAKU

CAPÍTULO XXI - Não é um encontro.

   Quando acabei a quarta troca de roupa examinei como estava no espelho, aceitável? Talvez. Bonita? Acredito que não.

  Jogo-me na cama, frustrada. Tecnicamente este será eu primeiro encontro, já que no meu "primeiro encontro"  o garoto saiu comigo para que eu o ajudasse a ficar com outra garota, como se não fosse o bastante, o mesmo elemento saiu comigo para revelar ser gay e falar sobre sua paixão, não que eu tenha ficado brava com a notícia, mas era meu segundo primeiro encontro!

   Diferentemente de Idate, Sasuke demonstrou interesse em mim de formas muito claras, ele não vai sair comigo para revelar gostar de outra pessoa. Por Deus, ele quase rasgou minha roupa na última vez que nos beijamos. E agora eu não consigo chegar em uma conclusão de como devo me vestir. Eu nem devia estar ligando para isso.

  — Sakura, você... — minha mãe adentra o quarto sem bater na porta, levanto a cabeça para olhar e vejo seus olhos brilhando.

  — Mãe, pela décima vez, por favor, bata na porta.

  — Como você está linda! — diz ela, alegremente. —  Vai a algum lugar?

  Levanto-me da cama e vou até o espelho.

  — Sasuke me chamou para sair.

  — Um encontro!

  — Não é bem assim que ele chama.

  — Não importa, isso não muda o fato de ser um encontro.

  — Não sei que roupa devo usar — mudo de assunto.

  — Eu gostei dessa que está usando.

  Olho a roupa no espelho. Uma blusa de tricô gola alta com mangas longas e uma saia preta; coloquei uma bota, já que meus pés são muito exigentes quanto à temperatura. Não faz muito sentido observar tanto na roupa, eu vou precisar usar um casaco por conta do tempo frio.

   Minha mãe me abraça pelos ombros e me olha pelo espelho.

   — E pensar que minha princesinha vai fazer 18 em poucos dias.

   — Caramba! Tinha até esquecido disso.

   O que não fazia sentido, aconteceram tantas coisas que eu poderia jurar que anos se passaram em alguns meses. E são nada mais nada menos do que 18 anos de vida, a maioridade.

— Vou ser maior de idade.

— Não é exatamente algo que devemos comemorar, mas, como mãe, devo oferecer meu apoio.

— Começou muito bem — murmuro.

— Não fique assim, querida. Ser maior de idade tem seus benefícios.

— Como, por exemplo...

— Como... — ela pensa um pouco. — Como entrar em uma boate sem precisar de identidade falsa.

— Mãe, eu nunca fui em uma boate. Provavelmente nunca vou.

— Você já tem um objetivo para cumprir antes de completar seus 18: fazer alguma burrice de adolescente.

Fiz a pior delas: me apaixonei. Preferi manter o comentário em particular.

— Vou nessa roupa mesmo — digo, mudando de assunto, mais uma vez.

— Você está linda, querida! Não se esqueça de pôr os acessórios. — ela me beija no topo da cabeça e depois vai até à porta. — Agora sou eu que preciso me arrumar.

— Onde a mocinha pensa que vai? — pergunto com divertimento.

— Não estou velha o suficiente para ficar trancada em casa no sábado à noite — ela responde, fechando a porta logo em seguida. — Divirta-se!