TRÊS

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Seattle - 18 horas depois

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Seattle - 18 horas depois

Ando de forma preguiçosa e dolorosa pelo aeroporto à procura da minha tia, em pouco tempo encontro ela e meu irmão me esperando, ambos com lindos sorrisos em seus lábios.

Que piada.

Helena agora tem os cabelos castanhos ondulados e longos, não possui marcas aparentes de envelhecimento, está fantástica no auge de seus 30 anos.

Alex está lindo, como sempre. Agora possui músculos razoáveis, os cabelos continuam um pouco acima dos ombros, fico surpresa em ver que os penteou. Pelo visto descobriu para que serve o pente.

Me aproximo deles e sou envolvida por um abraço apertado de Helena que me faz soltar um gemido de dor.

— Desculpe querida, acho que me empolguei — ela me olha preocupada, Alex também me observa mas decido ignora-lo. — Sentimos tanto sua falta! Lamento muito pelo o que aconteceu.

— Eu estou exausta, podemos ir? — definitivamente não quero falar sobre o acidente.

— Claro, claro. Vamos logo — minha tia está animadíssima, ela e meu irmão me ajudam a levar as malas para o carro da mais velha e não demora muito até chegarmos em sua casa.

Analiso todos os detalhes que consigo, a grande casa com móveis em sua maioria pretos, as paredes brancas e cheiro de lavanda por todo ambiente, continua confortavelmente igual.

Nós três subimos a escada com minhas malas e as deixamos no chão do meu quarto, tia Helena empurra Alex para fora do cômodo no exato momento em que ele abre a boca para falar algo.

— Desça quando quiser comer, meu amor — ela diz e sai fechando a porta.

Me jogo na cama macia e observo o quarto que não vejo há cinco anos, nada foi trocado de lugar, quase como se eles esperassem pela minha volta.

Decido tirar minhas coisas das malas, guardo as roupas, organizo os livros na grande estante, jogo meus fones e carregador dentro da única gaveta da pequena cômoda que abriga um abajur ao lado da minha cama, alguns livros que sobraram coloco ao lado do notebook sob a escrivaninha perto da janela, e minutos depois está tudo pronto.

Entro no banheiro do quarto e vejo que já tem toalha e itens de higiene, imagino que minha tia tenha providenciado isso.

Após escovar os dentes tiro minhas roupas e as jogo no cesto perto da porta, vou para debaixo do chuveiro e gasto alguns minutos embaixo da água até me sentir totalmente limpa, me cubro com uma toalha ao pisar fora do box e quando saio do banheiro vejo meu gêmeo largado na minha cama escolhendo filmes do catálogo da Netflix na minha televisão pregada à parede.

— O que você tá fazendo aqui? E se eu estivesse pelada? — questiono enquanto caminho até meu guarda roupas para pegar o que preciso.

— Não tem nada aí que eu já não tenha visto antes, Lexie — responde me dando as costas quando faço um giro com o dedo indicador, me visto rapidamente mas não falo nada. — Eu vim conversar com você, temos cinco anos de papo para botar em dia.

Amor e Culpa ||PAUSADA||Onde histórias criam vida. Descubra agora