Após um grave acidente, Lexie é obrigada a voltar para o lugar que esperava nunca mais ver: a casa de sua tia, de volta ao seu antigo lar ela precisa lidar com a culpa que a atormenta, e como se isso não fosse o bastante: agora tem que conviver com...
"Mas você nunca ficará sozinha, eu estarei com você do crepúsculo até o amanhecer. Amor, estou bem aqui"
Dusk till dawn | Zayn Malik
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O restante das aulas do dia pareceram demorar séculos para passar, eu estava tão desesperada para me trancar no meu quarto que cada segundo longe de casa era como engolir cacos de vidro.
Ótimo, eu estou chamando aquele lugar de casa. Mas é isso, não é? Por mais que eu negue, éa minha casa.
Assim que a última aula termina, eu saio disparada para minha moto e quando chego em casa corro para o quarto, minha tia estava sentada no sofá pintando as unhas e tentou falar comigo mas foi em vão.
Achei que fosse conseguir respirar quando me trancasse sozinha aqui, mas não poderia estar mais errada. Cada soluço e lágrima que saem de mim parecem monstros tentando me destruir, caio no chão perto da cama sem forças para me levantar, então me encolho com o emaranhado de sentimentos confusos e caóticos me rodeando, torturando.
Nathan merecia a verdade, merecia saber tudo que aconteceu, mas eu fui tão covarde. Eu deveria estar com o Zac agora, mas não posso permitir que Mason simplesmente conte a verdade aos Henderson.
Não sei por quanto tempo vou conseguir aguentar isso.
Por favor, Zac, acorde. Deveria ter sido eu, não você.
— Lexie — ouçobatidas na porta e a voz de Alex do outro lado. — Precisa abrir essa porta.
— Meu amor, deixe a gente entrar — Helena também está aqui.
Ouvi-los só me faz chorar mais alto e isso consequentemente faz as batidas ficarem mais fortes.
— Alexandra, eu juro que vou deixar seu irmão arrombar essa porta se você não abrir — eles continuam batendo insistentemente mas eu não tenho forças para levantar, simplesmente não consigo me mover. — Está bem, afaste-se da porta, querida.
A promessa da minha tia é cumprida e Alex arromba a porra da porta, vem correndo desesperado até mim e me abraça.
— Calma, vai ficar tudo bem, eu não estive aqui nos últimos cinco anos mas estou agora — ele me aperta contra si e eu o aperto de volta. — Nunca mais vou deixar você ir para longe, prometo.
— Cuide da sua irmã, está bem? Vou fazer um café para ela.
Alex faz carinho no meu cabelo por todo o tempo em que choro nos seus braços, e quando eu consigo me acalmar me afasto dele para olhar seu rosto.
— Não vou pedir outra uma vez que converse comigo, mas quero que saiba que quando estiver pronta, eu irei ouvir — ele limpa as lágrimas do meu rosto. — Eu te amo com todo meu coração, Lexie — me ama, é tão estranho pensar em sentir que sou amada outra vez.
