Após um grave acidente, Lexie é obrigada a voltar para o lugar que esperava nunca mais ver: a casa de sua tia, de volta ao seu antigo lar ela precisa lidar com a culpa que a atormenta, e como se isso não fosse o bastante: agora tem que conviver com...
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Nada se compara a passar uma sexta à noite pintando o corpo da Lexie.
— Acho que não foi uma ideia tão boa assim — ela reclama enquanto deixa cuidadosamente as duas caixas de pizza em cima da mesa de centro.
— Eu discordo — prendo a risada.
Eu estava enganado, nada se compara a passar uma sexta à noite vendo Lexie Sloan tentando não borrar a tinta fresca em seus braços, a tinta da minha pintura.
— Pelo menos suas pernas já estão secas — aponto e ela sorri. Em seguida senta no sofá com uma fatia de pizza na mão, também pego uma e começo a comer.
Ultimamente meus pensamentos tem girado em torno dela e recentemente Nathan começou a fazer parte disso, ele disse que ela acordou mas o irmão dele não, eu imaginei que Lexie tinha perdido alguém que amava mas não achei que tivesse sido assim.
Então ela me disse que suas lágrimas eram de amor e culpa, precisei segurar toda a minha curiosidade quando seu desconforto ficou mais aparente.
Nós passamos as próximas duas horas assistindo Bob Esponja porquê essa garota é obcecada.
Começo a me remexer no sofá e estalar os dedos, como fiz algumas horas atrás.
— De novo não, será que você não consegue ficar quieto? — reclama mais alto do que precisava e eu começo a cantar a música do desenho. — Isso é sério?
— Vive num abacaxi e mora no mar? Bob Espoja calça quadrada — aumento a voz. — Tem a cor amarela e espirra água? Bob Esponja calça quadrada — ela se levanta do sofá me xingando e vai para a cozinha, eu continuo cantando alto, não demora muito e Lexie volta com um copo de água e antes que eu conseguisse processar seus movimentos ela derrama a líquido na minha cabeça.
Paro de cantar, me levanto em um pulo fechando os olhos com força.
Água. gelada. pra. caralho.
— Você não deveria ter feito isso — quando o choque inicial passa, me aproximo dela abrindo um sorriso perverso, a delinquente não recua nem um centímetro.
— Tem que entrar no personagem, Nick — seu sorrisinho falsamente inocente me desafia e eu arranco o copo de vidro da sua mão para coloca-lo no braço do sofá, Lexie da um passo para a direita mas eu sou mais rápido e a jogo sob meu ombro. — Nicholas, o que você vai fazer?
Dou uma risada.
— Você é inteligente, já sabe o meu plano de vingança — ela tenta voltar para o chão mas eu aperto suas pernas com força. — Toda ação tem uma reação, anjo.
Chego ao banheiro de visitas que é no primeiro andar e vou para debaixo do chuveiro com a garota que tenta a todo custo se segurar na porta do box, ligo o chuveiro com um pouco de dificuldade e coloco Lexie embaixo dele a segurando por alguns segundos para que fique encharcada.
