Após um grave acidente, Lexie é obrigada a voltar para o lugar que esperava nunca mais ver: a casa de sua tia, de volta ao seu antigo lar ela precisa lidar com a culpa que a atormenta, e como se isso não fosse o bastante: agora tem que conviver com...
"Te amo querida E se estiver tudo bem Preciso de você Para aquecer as noites solitárias Te amo querida Acredite em mim quando digo" Can't take my eyes of you | Frankie Vallie
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Existem poucas coisas que já foram capazes de me deixar em completo êxtase: meus filmes favoritos, meus livros, pilotar de madrugada, as travessuras com meu irmão, viajar sozinha. Nada disso é comparável com o sentimento de saber que ele acordou, e que logo irei poder abraça-lo outra vez.
Termino de arrumar minha mala e a deixo em cima da minha cama, faz poucos minutos que contei a todos a notícia sobre o Henderson, não esperava tanta alegria vindo de pessoas que nem se quer o conhecem.
Mas eu amo o Zac, e eles são meus amigos. Então o loiro tem para eles a mesma importância que tem para mim, já aprendi isso.
— Lexie? Lexie! — meu irmão entra desesperado no meu quarto, causando um sério risco ao meu coração.
— O que aconteceu? — fico apreensiva, estava indo tudo tão bem.
— Ela me ama — ele conta sorrindo e eu consigo relaxar, reviro os olhos e arqueio uma sobrancelha para o gênio da família. — Ficamos sozinhos na sala e ela começou a falar do nada, sobre estar cansada de fingir querer ser apenas minha amiga, a Allie está apaixonada por mim!
Não sei se dou risada ou bato na testa desse garoto.
— Então vocês se beijaram como se não houvesse amanhã, imaginando fogos de artifício iluminando nossa sala de estar — faço uma voz infantil e bato palminhas, com um sorriso nos lábios.
Meu irmão lentamente arregala os olhos como se estivesse percebendo algo.
— Na verdade assim que ela terminou de falar eu corri para cá — ele fala chocado e pelo visto totalmente arrependido. — A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi te contar.
Prendo o riso porquê seria cruel demais rir do meu irmão nessa situação, ainda mais ele tendo sido tão fofo.
Mas aí eu lembro quem eu sou e começo a gargalhar.
— Claro que você iria rir da minha desgraça, mas isso não é engraçado! Eu provavelmente acabei de perder a chance da minha vida de fazer um pedido de namoro perfeito.
— Como é possível que a gente tenha saído do mesmo útero? — digo quando consigo parar de rir. — O que caralhos você ainda tá fazendo aqui? Vai pedir a garota em namoro!
O gênio sai correndo e me causando mais alguns risos, até eu decidir descer para ver o densenrolar dessa comédia romântica. Porém quando chego na sala, o que encontro é uma Allie oscilando entre a raiva e mágoa e sentada em uma ponta do sofá enquanto meu irmão com cara de arrependido fica sentadinho no chão como se estivesse de castigo.
