Capitulo 15

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O dia havia se passado rápido e entediante, após voltar do palácio, Ariela leu mais um pouco do livro, e passou o resto do dia sentada ao sofá junto com Laís. Ao anoitecer, Dália chegou da padaria, e mais tarde como prometido, Nikolás bateu a porta da casa. 

— O que você está fazendo aqui? — Perguntou Dália ao abrir a porta. 

— Não posso visitar vocês mais?

— Não. — Ela respondeu com ironia.

Nikolás entrou na casa. 

— Antes que eu me esqueça, aqui está seu presente de aniversário atrasado, Dália querida. — Disse ele tirando uma caixinha do bolso. 

Dália abriu a caixinha, e ficou muito encantada com o par de brincos de diamante. 

— São lindos! Obrigada seu idiota. — Disse ela dando-lhe um beijo na bochecha. — E antes que eu me esqueça também, obrigada por não ter invadido minha casa e entrado pela porta como uma pessoa normal.  

Ele se sentou no sofá ao lado de Ariela.

— O que queria que eu visse?

— Vamos lá no quarto que eu te mostro. — Respondeu ela. 

— Deixem a porta aberta! — Laís gritou da sala. Ariela bateu a porta como resposta. 

— O que ela acha que nós vamos fazer? — Perguntou Nikolás rindo.

— Você não contou pra ela sobre você e Dália?

— Contar o quê, sobre mim e Dália? 

— Bom, é que você deu o presente pra ela e eu pensei que...

— Pensou que nós estávamos juntos. — Disse ele rindo. — Não, eu e Dália somos apenas amigos, além do mais, eu acho que ela tem namorado. 

— Ah, acho que eu interpretei mal então. 

— E ai, o que mais você descobriu? 

— Não muito. Mas o livro fala de um tal de nebulosos. Você sabe o que é isso?

— Não. O livro não diz o que são? 

— Até diz. Mas eu não consegui entender essa parte, apenas algumas palavras como "vale", "escuras" e " maligno". Ah, e tinha uma coisa que eu queria te mostrar. 

Ela pegou o livro, e abriu naquela pagina em que havia o recado de lady Estephania. 

— Essa lady Estephania, escreveu esse bilhete, muito provavelmente para o duque. Ela cita um tal de Oliver, e diz que ele está tramando algo que irá nos matar. — Nikolás parou de sorrir, e empalideceu um pouco. — Você sabe quem é ele?

— Ari, Oliver é o meu pai.

— O quê? Isso é sério? 

— Sim. Pelos céus, eu sabia que ele era um ser humano terrível, mas o que é  que ele pode estar tramando que seria capaz de matar até a alta sociedade? 

— Como assim? 

— Meu pai é capaz de prender e matar pessoas pobres sem nenhum motivo. E é por isso que estamos cumprindo esse plano, porque ele é um rei injusto que não se importa com seu povo. Porém, nunca, ele iria matar um nobre, pois eles tem dinheiro, e fazem tudo o que ele quer, para ganharem dinheiro.  

— Tudo bem, isso é preocupante. 

— Ari, se não se importa, eu vou voltar para o palácio.  

— Claro, mas... Pode me prometer uma coisa? 

— O que? 

— Promete me ajudar a descobrir de onde venho? 

— Eu prometo. Mas preciso ir agora.

Ele deu um beijo em sua bochecha e saiu. 

— O encontro não foi muito bem sucedido? — Perguntou Laís um tempo depois. 

— Cale a boca.   

Prisão De Asas E MemóriasOnde histórias criam vida. Descubra agora