Ariela e Laís ainda estavam sentadas na varanda, quando algo começou a escalar o parapeito lateral da varanda. Algo não, alguém. Nikolás havia escalado a casa inteira até a varanda.
— O que é que você está fazendo aqui? — Perguntou Laís.
— Eleonora nos chamou.
— E não podia usar as escadas?
— Gosto de entradas inesperadas.
— Você gosta mesmo é de invadir as casas.
— Se preferir chamar assim. Ah, oi Esquecidinha. — Disse ele ao reparar que Ariela ainda estava ali.
Ariela revirou os olhos, não havia gostado nada daquele apelido. Mas não teve tempo de reclamar, pois o barulho alto da porta de entrada sendo aberta ecoou, e logo em seguida:
— Nikolás! Eu te mato! — Gritou Dália, aparecendo na varanda um segundo depois, com uma expressão muito irritada.
— O que foi que eu fiz agora?
Ela andou até ele com passos pesados e raivosos, fazendo-o recuar até quase cair da varanda.
— Você, e esse seu fascínio por invasão, assustaram meu clientes!
Dália brigava com ele se impulsionando cada vez mais para a frente, enquanto Nikolás tentava não ser derrubado.
— Ela não parecia ser tão brava assim. — Sussurrou Ariela para Laís.
— Achar que Dália é feita de sorrisos é um grande erro. — Disse Laís rindo da cena.
Um grande erro. Ela já havia escutado aquilo antes. Aparentemente ela não conhecia nenhuma daquelas pessoas, pois ninguém era o que parecia.
— Desculpe. — Pediu Nikolás.
— E o que mais?
— Prometo que não irei mais escalar sua casa.
— Eu acho bom. Ou mando Laís te matar.
— Não me envolva nisso.
Aquilo definitivamente estava se tornando uma reunião, pois logo Eleonora e Cassandra chegaram. A primeira trazendo uma carta com um selo estranho nas cores branco, preto e azul.
— Chegou mais uma carta de H. — A ladra anunciou.
— Ótimo, o que diz?
Leo abriu a carta e começou a ler:
Vejo que conseguiram cumprir a última missão que lhes dei. Seja bem vinda ao grupo Ariela.
Agora que já têm tudo que precisam, vamos começar a executar o plano. E a primeira coisa que preciso que façam, é roubar um livro, que pertencia ao Duque de Priston, creio que isso será uma tarefa fácil para Leo.
O livro atende pelo nome de "A Arte da Magia", devem pegar o livro e manda-lo para o chalé ao pé das montanhas.
H.
P.S.: sua morte não foi em vão, agora viva querida rainha.
— O que será que ele quis dizer no final da carta?
— Não faço a menor ideia, só sei que vamos ter que nos aventurar novamente indo para aquela droga de chalé. — Laís respondeu com um tom reclamação.
— O que tem esse chalé? — Ariela perguntou.
— Não passa de um chalé empoeirado e cheio de espadas. Fomos lá uma vez para tentar encontrar H., mas não tinha ninguém. E teremos que ir lá novamente, já que os entregadores não chegam perto das montanhas.
— E por que não?
O grupo se entreolhou por um segundo, haviam ficado tensos de repente.
— Por nada. — Respondeu Nikolás. — São só um bando de preguiçosos.
— Sabem quem era esse duque? — Perguntou Eleonora aos príncipes.
— Ah sim, era um sujeito esquisito que nunca saia de casa, só me lembro de tê-lo visto em um baile quando era criança.
— Estarão ocupados amanhã? — Todos responderam que não. — Ótimo, então podemos roubar o livro pela manhã.
Eleonora e Laís bolaram um plano, no dia seguinte, eles roubariam o tal livro. A noite chegou, e se seguiu com um jantar preparado por Dália e piadas sem graça de Nikolás.
Após todos irem embora, Dália deu o quarto vazio ao lado da cozinha a Ariela, o outro era ocupado por Laís.
Aquele havia sido um longo dia, ela havia quase morrido por um crime que não havia cometido, e agora estava prestes a se tornar uma ladra. Ela deixou ser levada pelos pensamentos até o sono, até aquele sonho novamente. Todas as noites ela tinha aquele mesmo sonho, onde era salva por aquele homem estranho.
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Prisão De Asas E Memórias
FantasyAriela, acusada de assassinato e sem memória, está prestes a morrer enforcada, quando é salva por uma mulher que nunca viu antes. Agora fugitiva e sendo procurada pelo rei, ela se junta a verdadeira assassina, uma ladra de joias, uma padeira e o pr...