Capitulo 6

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Ariela e Laís ainda estavam sentadas na varanda, quando algo começou a escalar o parapeito lateral da varanda. Algo não, alguém. Nikolás havia escalado a casa inteira até a varanda.

— O que é que você está fazendo aqui? — Perguntou Laís.

— Eleonora nos chamou.

— E não podia usar as escadas?

— Gosto de entradas inesperadas.

— Você gosta mesmo é de invadir as casas.

— Se preferir chamar assim. Ah, oi Esquecidinha. — Disse ele ao reparar que Ariela ainda estava ali.

Ariela revirou os olhos, não havia gostado nada daquele apelido. Mas não teve tempo de reclamar, pois o barulho alto da porta de entrada sendo aberta ecoou, e logo em seguida:

— Nikolás! Eu te mato! — Gritou Dália, aparecendo na varanda um segundo depois, com uma expressão muito irritada.

— O que foi que eu fiz agora?

Ela andou até ele com passos pesados e raivosos, fazendo-o recuar até quase cair da varanda.

— Você, e esse seu fascínio por invasão, assustaram meu clientes!

Dália brigava com ele se impulsionando cada vez mais para a frente, enquanto Nikolás tentava não ser derrubado.

— Ela não parecia ser tão brava assim. — Sussurrou Ariela para Laís.

— Achar que Dália é feita de sorrisos é um grande erro. — Disse Laís rindo da cena.

Um grande erro. Ela já havia escutado aquilo antes. Aparentemente ela não conhecia nenhuma daquelas pessoas, pois ninguém era o que parecia.

— Desculpe. — Pediu Nikolás.

— E o que mais?

— Prometo que não irei mais escalar sua casa.

— Eu acho bom. Ou mando Laís te matar.

— Não me envolva nisso.

Aquilo definitivamente estava se tornando uma reunião, pois logo Eleonora e Cassandra chegaram. A primeira trazendo uma carta com um selo estranho nas cores branco, preto e azul.

— Chegou mais uma carta de H. — A ladra anunciou.

— Ótimo, o que diz?

Leo abriu a carta e começou a ler:

Vejo que conseguiram cumprir a última missão que lhes dei. Seja bem vinda ao grupo Ariela.

Agora que já têm tudo que precisam, vamos começar a executar o plano. E a primeira coisa que preciso que façam, é roubar um livro, que pertencia ao Duque de Priston, creio que isso será uma tarefa fácil para Leo.

O livro atende pelo nome de "A Arte da Magia", devem pegar o livro e manda-lo para o chalé ao pé das montanhas.

H.

P.S.: sua morte não foi em vão, agora viva querida rainha.

— O que será que ele quis dizer no final da carta?

— Não faço a menor ideia, só sei que vamos ter que nos aventurar novamente indo para aquela droga de chalé. — Laís respondeu com um tom reclamação.

— O que tem esse chalé? — Ariela perguntou.

— Não passa de um chalé empoeirado e cheio de espadas. Fomos lá uma vez para tentar encontrar H., mas não tinha ninguém. E teremos que ir lá novamente, já que os entregadores não chegam perto das montanhas.

— E por que não?

O grupo se entreolhou por um segundo, haviam ficado tensos de repente.

— Por nada. — Respondeu Nikolás. — São só um bando de preguiçosos.

— Sabem quem era esse duque? — Perguntou Eleonora aos príncipes.

— Ah sim, era um sujeito esquisito que nunca saia de casa, só me lembro de tê-lo visto em um baile quando era criança.

— Estarão ocupados amanhã? — Todos responderam que não. — Ótimo, então podemos roubar o livro pela manhã.

Eleonora e Laís bolaram um plano, no dia seguinte, eles roubariam o tal livro. A noite chegou, e se seguiu com um jantar preparado por Dália e piadas sem graça de Nikolás.

Após todos irem embora, Dália deu o quarto vazio ao lado da cozinha a Ariela, o outro era ocupado por Laís.

Aquele havia sido um longo dia, ela havia quase morrido por um crime que não havia cometido, e agora estava prestes a se tornar uma ladra. Ela deixou ser levada pelos pensamentos até o sono, até aquele sonho novamente. Todas as noites ela tinha aquele mesmo sonho, onde era salva por aquele homem estranho.

Prisão De Asas E MemóriasOnde histórias criam vida. Descubra agora