Capitulo 11

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A mansão parecia ser ainda maior por dentro, talvez mais luxuosa do que a casa do duque.

— Sejam bem-vindos. — Disse Leo se sentando casualmente em uma poltrona. 

— Essa casa é sua? — Perguntou Cassandra, tão surpresa quanto os outros.

— É, nada que a fortuna dos Rosewhite e algumas joias não comprem. — Responde, antes mesmo que ela pudesse perguntar como Leo conseguira comprar a casa. 

— Muitas joias roubadas pelo visto. — Resmungou Cassandra. 

Laís entrou pela porta, um pouco ofegante. 

— Talvez alguém bata em sua porta perguntando se você viu quando dois guardas foram mortos. 

— Não se preocupe, isso é bem normal por aqui. 

A frase de Nikolás passou pela cabeça de Ariela, "Olria é uma cidade muito perigosa." 

— No que está pensando? — Perguntou Cassandra para Ariela, que estava olhando para o nada. 

— Você e Nikolás não  estão disfarçados, e se os guardas os reconheceram?

— Não se preocupe com isso. — Disse Laís.

— E por que não?

— Caso não tenha reparado, todos os guardas do duque são cegos. 

— O quê?

— O duque contratava soldados que perderam a visão na guerra. Eles são muito bem treinados para usar a audição e o olfato. Assim é bem mais difícil deles nos reconhecerem. 

— Interessante. 

— Afinal de contas, vocês conseguiram pegar o livro ou não?  — Perguntou Dália. 

— Consegui. 

Eleonora pegou o livro da bolça e folheou.

— O que H. quer com esse livro? Só tem imagens de plantas, e... Essa pagina escrito nessa língua estranha.

— Posso ver? — Pediu Cassandra. 

— Parece muito com a língua do livro que eu peguei na biblioteca. 

— Que livro. 

Cassandra retirou o livro preto de dentro de sua própria bolça. O grupo se reuniu em volta dela para observar o livro. 

— Que língua será essa?

Surpreendentemente, Ariela conseguia entender perfeitamente o que estava escrito nele. Ela não entendia como, mas ela simplesmente sabia, que aquelas letras douradas significavam "Fim e começo" e que logo abaixo do titulo, havia um quase imperceptível "Flyers e Nebulosos".

— É Laís, acho que você estava certa, esse livro é totalmente inútil. — Admitiu Cassandra.

— Posso ficar com ele? — Pediu Ariela. 

— Claro. 

— Bom, acho que nosso trabalho por aqui já acabou. Nos encontramos amanhã para levarmos o livro até o chalé. 

— Vou mandar que uma carruagem os leve de volta ao centro.   





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