Já fazia meia hora que elas andavam pelo centro sem entrar em nenhuma loja. Sempre que passavam por uma vitrine, Laís dizia "Essa não vende vestidos bonitos o suficiente para uma baile no palácio".
— Essa, é essa.
— Ah, finalmente!
— Nem venha, Dália, vocês iam se decepcionar nas outras lojas.
— Mas pelo menos eu ia conseguir pagar nas outras lojas.
— Não se preocupe com isso, a Leo paga.
— Ei!
— Fica quieta ai, Leo, nós combinamos.
Elas entraram na loja e começaram a olhar os vestidos. Haviam mais duas moças na loja.
— O que acha deste vestido? — Perguntou uma delas para a outra.
— É muito belo, soube que azul é a cor preferida do príncipe Nikolás.
Ariela se aproximou mais delas ao ouvir a última palavra e fingiu estar olhando as roupas para disfarçar.
— Ótimo, a rainha Martina está procurando uma noiva para ele e ela gosta de mim, o baile é a minha chance de conquista-lo.
— O que foi, Ariela, está com ciúmes? — Disse Laís aparecendo ao seu lado, e chamando a atenção das duas moças.
Laís se afastou enquanto as moças olhavam incrédulas para ela.
— Estava ouvindo nossa conversa? — Perguntou a que olhava o vestido azul.
— Não, é claro que não.
— Qual é o seu nome mesmo? — A mulher perguntou lhe analisando.
— Francesca. — Ela respondeu rapidamente.
— Achei ter ouvido outra coisa.
— Com licença, eu preciso ir.
Ariela entregou o vestido que havia escolhido para Leo e saiu da loja, ficou esperando as outras por um bom tempo do lado de fora.
Enquanto as esperava, Ariela sentiu uma sensação estranha, como se houvesse alguém lhe observando, ela olhou ao seu redor, haviam poucas pessoas na rua, e nenhuma estava olhando para ela. Havia acabado de se convencer de que era apenas uma impressão sua, quando uma sombra passou por cima de sua cabeça. Ela olhou para cima, quatro pares de asas negras estavam a sobrevoando. Eles estavam distantes, mas não pareciam ser pássaros. Eles começaram a voar para longe e alguma coisa caiu do céu. Uma pequena e brilhante pedra preta.
— O que é que está olhando, Ari? — Perguntou Laís aparecendo novamente ao seu lado.
— O que? Nada. Acho que vai chover, melhor voltarmos pra casa.
— Ela tem razão. — Observou Dália.
Elas caminharam até a casa, e ao chegarem a padaria, Catherine logo se apressou em tirar uma carta do bolço do avental, dizendo que havia chegado a alguns minutos. O selo azul, branco e preto era inesquecível, uma carta de H., ela subiram apressadamente para a casa e abriram a carta.
Dos céus vieram a luz
E da terra a escuridão
Fundidos em um povo
Em plena comunhão
"As sombras te traíram"
Os antigos lhe disseram
"E uma luz eterna salvará essa nação"
Do gelo e dos pensamentos vieram
Dois grandes talentos
Se juntará ao inimigo, para em paz voltar ao lar.
P. S. Eles estão de volta, a profecia deve ser cumprida. Tome cuidado, querida Rainha.
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Prisão De Asas E Memórias
FantasyAriela, acusada de assassinato e sem memória, está prestes a morrer enforcada, quando é salva por uma mulher que nunca viu antes. Agora fugitiva e sendo procurada pelo rei, ela se junta a verdadeira assassina, uma ladra de joias, uma padeira e o pr...