Prisão De Asas E Memórias

Capitulo 13

As duas subiram para a casa e Ariela entrou no quarto e pegou o livro. Era estranho, quando ela viu as palavras, simplesmente conseguiu traduzi-las. Era tão... Natural, como se tivesse estudado aquela língua a vida inteira. 

Ela abriu na primeira pagina. Um pequeno recado de alguém. 

Não confie em Oliver. Ele está tramando algo que irá nos matar.         
                                                     
                             Lady Estephania 

Lady Estephania, o nome era familiar para ela. Sim, era a lady que Laís havia se disfarçado para poder entrar na reunião dos duques, mas que já estava morta a meses. E quem era Oliver? Isso não importava agora, ela precisava saber o que eram os flyers. 

Ela virou para próxima pagina, onde havia o desenho de um homem... Alado.

"Flyers são humanos, com grandes asas."  Ela traduziu primeiro "Tendo cada individuo, um poder diferente. Eles costumam viver em lugares altos, como nas montanhas da cordilheira tigre cinzento."  Ela estava certa, era isso que havia nas montanhas, e provavelmente o que atacava a cidade. Mas aquela era a descrição exata do que era o homem que a salvara. 

Ela saiu do quarto passando apressadamente por Laís que estava sentada no sofá. 

— Estou saindo.

— Para onde você vai?

— Quero andar pela cidade. 

— Tome cuidado. 

— Pode deixar. 

Ela desceu para a padaria e saiu para as ruas. Ela não fazia a mínima ideia de pra que lado ficava o palácio, mas daria um jeito de encontrar, ela precisava falar urgentemente com Nikolás. Depois de andar um pouco pela cidade, ela conseguiu ver de longe, uma das torres do castelo e seguiu naquela direção. 

Ela conseguira chegar perto dos portões do palácio, quando alguém cutucou suas costas. Ela se virou rapidamente. 

— O que raios você está fazendo aqui? — Perguntou Cassandra. 

— Preciso falar com seu irmão. 

— A não ser que seja questão de vida ou morte, eu vou te arrastar de volta para aquela casa agora mesmo. 

— Acredite, o que tenho para falar vale o risco de estar aqui. 

— Está bem, vamos logo. 

Cassandra levou Ariela até o portão.

— Perdão vossa alteza, quem é ela? — Perguntou um dos guardas.

— É uma amiga minha.

— O rei deu ordens de não deixarmos ninguém de fora entrar.

— E eu como princesa, e por tanto sua superiora, ordeno que deixem ela entrar.

Os guardas abriram o portão e elas entraram.

— Pelo visto ser princesa tem suas vantagens.

— É, as vezes tem, mas eu sinceramente odeio dar ordens as pessoas. Agora vamos logo.

O palácio era gigantesco, com milhares de salas e muitas, muitas escadas.

Algum tempo depois, elas finalmente chegaram a porta do quarto de Nikolás. Cassandra bateu na porta.

— Quem é?

— Sua vizinha de útero.

— Cass, eu já disse que não vou te emprestar minhas roupas. Elas nem cabem em você.

Ele abriu a porta.

— Tem uma visita pra você.

— Ariela, o que você está fazendo aqui?

— Preciso falar com você.

— Eu vou deixar vocês sozinhos. E aquela sua jaqueta cabe sim em mim.