Capítulo 12

23 3 0
                                    


Pela manhã Louise abriu os olhos, que foram aos poucos se acostumando com a luz do sol que entrava pela janela, percebendo que Adrian já não estava mais ali, ela se sentou na cama e passou as mãos no rosto, foi quando se lembrou da amiga, seus olhos se encheram de lágrimas e ela soluçou baixo. 

— Bom dia — sussurrou Arthur se encostando no batente da porta enquanto segurava uma xícara de café.

— Bom dia — ela se levantou e prendeu o cabelo secando as lágrimas e respirou fundo voltando-se a Arthur — Onde está o Adrian?.

Arthur abriu a boca para responder mas a fechou em seguida percebendo que não fazia ideia de onde Adrian estava.

— Eu não sei — respondeu ele confuso — Deve ter saído enquanto eu cochilava — completou coçando atrás da cabeça.

Louise o olhou e pegou as cobertas arrumando a cama, foi quando achou o sobretudo de Adrian que estava entre as cobertas, ela esticou a mão o apanhando e levou até seu nariz inalando o cheiro do perfume de Adrian.

— Gosta dele não é? — a voz de Arthur chamou a atenção dela — Ele tem cara de ser legal, mas é meio esquisito — completou.

— Não o conhece direito — respondeu ela secamente o encarando.

— E você? O conhece? — rebateu Arthur e viu a confusão transparecer no rosto dela — Foi o que imaginei — ele se desencostou do batente e olhou a xícara em sua mão — Eu fiz café, caso esteja com fome — completou ele saindo dali descendo as escadas voltando para cozinha.

Louise passou a mão na cabeça fechando os olhos e respirou fundo, terminou de arrumar a cama, deixando o sobretudo de Adrian sobre a mesma, caminhou para o banheiro se despindo e tomou um banho. Quando terminou se vestiu para o enterro e desceu as escadas e encarou Arthur que ainda estava na cozinha, caminhou até a cafeteira e se serviu de um pouco de café, fechou os olhos sentindo o café descer pela sua garganta.

— Se precisar conversar, eu estou aqui — Louise abriu os olhos assim que Arthur falou e se pudesse ela o mataria só de olha-lo 

— Precisou uma morte pra você dizer “estou aqui”? — rebateu ela mostrando a ele que não estava de bom humor.

— Eu já pedi desculpas Louise... 

— Sim claro, depois de ver que outra pessoa está na minha vida e que é bem melhor que você! — interrompeu ela. 

— Você nem o conhece, ele é esquisito com uma mistura de soturno — exclamou ele a olhando.

— Arthur é melhor você ir embora, aliás, não sei nem porque ficou, depois de ter me dado aquela notícia e terminado de acabar comigo podia muito bem ter ido embora! — gritou ela, passou as mãos na cabeça e as lágrimas novamente caíram inundando seu rosto, Arthur se levantou e saiu da cozinha caminhando para porta e saiu da casa a deixando chorando.

Louise logo se recompôs e retomou suas forças, saiu de casa dirigindo em direção ao cemitério, no caminho ela parou e comprou rosas, as mais bonitas que conseguiu achar, “eram as preferidas da Alice”, Louise deixou um sorriso triste tomar conta de seu rosto com esse pensamento e retomou seu caminho para o cemitério.  Quando chegou viu que não tinha muita gente, só alguns amigos do orfanato a qual Alice cresceu, Louise inalou o cheiro das rosas e caminhou até o caixão que estava rodeado pelos poucos amigos e o padre. Presentes ali havia também dos dois policiais, que estavam afastados das outras pessoas, ela semicerrou os olhos e se aproximou devagar, colocou as rosas em cima do caixão e foi na direção dos dois homens.

— Com licença senhores, Louise River — disse ela esticando a mão para um deles se apresentando. — Bom dia — completou.

— Bom dia senhorita — respondeu um deles a olhando — Detetive Smith e esse é meu parceiro, Detetive Eaton — um deles se apresentou pegando em sua mão —  Era amiga da falecida? 

Entre o Sangue e a Magia |Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora