Capítulo 24

20 2 0
                                    


Quando a noite caiu, Adrian finalmente saiu da biblioteca indo procurar por Dante, que por sinal não havia mais lhe enchido o saco. Adrian desceu as escadas da adega seguindo o cheiro de Dante vendo seu primo sentado no sofá de costas para a escada lendo e degustando do mais fino vinho de seu estoque.

— Você não é alcoólatra, é? — perguntou Adrian erguendo as sobrancelhas e Dante se virou o olhando.

— Não, é que você guarda muito vinho antigo, pensei em provar alguns — respondeu ele sorrindo e se levantou do sofá deixando a garrafa de lado — É uma delícia a propósito — completou ele.

— Que bom que gostou, porque não foi barato — ironizou Adrian — Vamos logo já esta de noite, quanto antes começarmos mais rápido acharemos Arthur — exclamou ele subindo as escadas de volta para cima.

Dante subiu atrás de Adrian e os dois saíram para fora da casa, foram até o carro e Adrian abriu o veículo, Dante sorriu de lado o olhando.

— Você não tinha um encontro hoje? — Dante sorriu na intenção de encher o saco.

— Não me enche o saco Dante — respondeu Adrian e entrou no carro dando partida.

— Eu acho que tinha em, vocês iam comer spaghetti a carbonara — brincou ele sorrindo de lado e entrou no carro, Adrian o pegou pela nuca e o prensou contra o painel do carro.

— Eu disse para não me encher o saco — repetiu Adrian e Dante ergueu as mãos em forma de rendição.

— Tudo bem, tudo bem — indagou Dante — Você é esquentado, estou sabendo, desculpa — pediu ele e Adrian o soltou.

O caminho todo até a delegacia eles foram em silêncio, Adrian ainda remoía a história que Dante havia lhe contado sobre sua família, ele não sabia muita coisa, apenas o que Mary havia lhe contado e nada mais que isso, ele já tinha ouvido ela falar do seu tio Matteo, mas nunca de Dante.

— Por que foi criado longe da mansão Ferrero? — Adrian quebrou o silencio enquanto parava no sinal vermelho. Dante o olhou.

— Tinham vergonha de mim por ser meio humano, e eu nunca fui aceito entre os vampiros de sangue puro, os grandes e poderosos Ferrero — brincou ele mas ao mesmo tempo abaixou a cabeça — Vamos deixar isso para lá, o sinal abriu — indagou Dante.

Adrian o olhou e respirou fundo passando a língua entre os lábios e tocou o carro em direção a delegacia. Quando chegaram, ele estacionou o carro e os dois saíram do veículo, Dante ficou ao lado do primo e o olhou enquanto caminhavam para a delegacia.

— Como pretende pedir que vejam a placa do carro? — perguntou Dante o olhando — Desde que te conheci você é o senhor certinho, vai usar hipnose? 

— Talvez, ou talvez eu só use mesmo o meu charme — rebateu Adrian abrindo a porta da delegacia e os dois foram até a recepção.

Dante revirou os olhos e caminhou com o primo até a recepção, onde havia uma moça, Adrian sorriu se aproximando e se escorou no balcão a olhando.

— Boa noite — disse ele, vendo ela levantar a cabeça para o olhar.

Ela sorriu e seus olhos ficaram parados em Adrian, como se estivesse sendo hipnotizada, as mãos dele foram até as dela e ele lhe entregou o papel com a placa anotada.

— Poderia pesquisar para mim essa placa de carro? — ele sorriu com educação, mas seus olhos não saíram dos dela.

A moça sorriu sem jeito e passo a língua entre os lábios, afirmou com a cabeça e pegou o papel, digitou a placa e em questão de segundos apareceu o carro e o nome de quem era o dono.

Entre o Sangue e a Magia |Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora