Capítulo 25

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Louise esperou por Adrian naquela noite, ela havia preparado o macarrão sem ele e quando ficou pronto ela simplesmente sentou e esperou por ele, mas Adrian não havia respondido suas mensagens, nem pela manhã e nem no decorrer do dia e até a hora de dormir ela aguardou alguma resposta dele, mas nada aconteceu. Ela deitou a cabeça no seu travesseiro e deixou algumas lagrimas invadir seu rosto, que caíram na fronha a molhando e com isso não demorou muito para que Louise dormisse, seus sonhos haviam disso perturbadores a todo instante ela via Arthur gritando a palavra “bruxo” e isso fazia ela se mexer na cama, inquieta a noite toda. 

Pela manhã Louise acordou assombrada com o seu celular tocando, por um momento ela achou que fosse Adrian, mas se decepcionou quando viu que era um número desconhecido, mesmo relutante ela atendeu, fazendo a melhor voz possível escondendo seu sono e sua frustração ao ser acordada. E Louise descobriu que foi péssima ideia atender o telefone, pois naquele minuto, descobriu que o pior havia acontecido, Arthur Collins, seu ex namorado, estava morto, encontrado num beco como Alice, brutalmente assassinado. Louise ficou sem chão, naquele minuto quando desligaram o telefone e a deixaram chorando, ela rapidamente ligou para Adrian, tudo o que ela queria naquele momento era ouvir a voz dele e poder escutar o seu “estou aqui” novamente, a ligação caiu e Louise soluçou.

“Adrian, onde você está? Preciso de você”

Ela enviou, mas não teve uma resposta, o desespero tomou conta de Louise, ela estava desamparada e sem forças, não tinha ninguém para abraçar para conforta-la ou para dar forças a ela, por vezes ela tentou ligar para Adrian mas não havia respostas da parte dele então ela simplesmente tentou ser forte sozinha e se levantou. O seu telefone não parava de tocar, e todas as vezes ela achava que era Adrian, mas sempre se decepcionava, eram os poucos amigos de que Arthur tinha no trabalho e alguns familiares mais próximos, que ligavam para dar os pêsames, sem nem ao menos perguntar se eles ainda estavam namorando.

As horas foram passando e Louise encarava o celular na esperança que ele ligasse, mas nada aconteceu, ela tomou banho e passou uma maquiagem bem forte para esconder as olheiras e seus olhos inchados, ela se trocou e dirigiu em direção o cemitério, no caminho ela começou a pensar do porque ela, por que estava acontecendo aquilo com ela, dois enterros em um curto período de tempo, seus olhos marejaram e por sorte ela já estava em frente ao cemitério ou teria causado um acidente, suas emoções estavam instáveis e ela não estava nada bem, mas apenas fez como havia feito no enterro da Alice, entrou, respirou fundo e se encaminhou para próximo do caixão. Os minutos não passavam, Louise estreitava os olhos pelo lugar vendo a família de Arthur séria, sem derrubar uma lágrima, eles sempre foram assim, frios e quase não se importavam com Arthur, e ele também quase não falava de sua família, pelo menos para Louise. Mas o que estava atormentando Louise, era os dois policiais que estavam afastados da cerimonia, como no de Alice e Louise estava se segurando para ir lá falar com eles.

— Louise? — chamou uma voz atrás dela, e a mesma se virou vendo seu chefe — Eu sinto muito — sussurrou ele.

— Sabe que eu e ele havíamos terminado — respondeu ela seria encarando ele.

— Eu sei sim, mas não somos de ferro Louise, mesmo que tenham terminado ele fez parte da sua vida, assim como fez da minha e de todos aqui — respondeu ele olhando o caixão — Era bom no que fazia, sua paixão era as câmeras — comentou o chefe.

Louise respirou fundo e se aproximo do seu chefe, tocou-lhe o ombro e sorriu de modo calmo enquanto o olhava.

— Que ele descanse em paz — sussurrou ela.

— Sim, sim — indagou o chefe e se afastou devagar.

Louise desviou o olhar do caixão e voltou a encarar os policiais, sem se segurar mais ela caminhou em direção a eles e sorriu ao se aproximar.

Entre o Sangue e a Magia |Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora