Capítulo 16

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Arthur não estava nada bem, havia passado a noite toda andando pela cidade com Adrian e agora ele havia sumido, mesmo Arthur tendo ligado várias e várias vezes para o "parceiro" não conseguiu nem sequer um sinal dele. O despertador tocou avisando que já era quase três da tarde, Arthur deu um pulo do sofá se assustando, quando conseguiu se orientar caminhou até a cozinha e preparou um café enquanto estudava cada nome que estava na pasta da Alice "perigosa" ao mesmo tempo fazia pesquisas na internet procurando pelos homens com quem a garota havia tido contato, a maioria deles eram empresários ou artistas que vinham a Filadélfia de passagem, como músicos, cantores, donos de cassinos e até mesmo alguns atores, não muito famosos.

- Não acredito que você fazia isso Alice - disse Arthur para si mesmo enquanto bebia do café e olhava as folhas.

Ele terminou o café, deixou a xicara sobre a mesa e respirou fundo passando a mão na cabeça, completamente perdido e sem saber por onde começar. Foi quando algo pareceu se acender em sua mente, saiu da cozinha pegando a pasta com os nomes e subiu para o andar de cima da sua casa e adentrou o seu pequeno escritório, sentou-se na cadeira e começou a fazer algumas pesquisas. Listou dentre os homens da lista os que moravam na cidade, mais ricos e mais influentes, com isso sobraram apenas quatro homens, Hector e mais três, que diferentes do Silvain, estavam viajando a mais de um mês.

- Meu Deus! - exclamou ele surpreso.

Se levantou e limpou uma das paredes de seu escritório, imprimiu uma foto de Hector e colou na parede ao lado de uma da Alice, que também havia imprimiu, em seguida preparou um mapa da cidade, com bairros e nomes de ruas, marcou o lugar que Alice morreu. As horas foram passando, o sol foi se pondo e Arthur em seu escritório se entupia de cafeína e corria de um lado para o outro, com os cabelos bagunçados as roupas ainda da noite passada, fedia a suor com uma mistura de café, quem o visse naquele estado diria até que estava ficando louco, mas de fato estava, era tanto mistério escondido por trás da morte de Alice que Arthur não conseguia parar mais, estava tão obcecado quanto a própria amiga da falecida. Ele não conseguia sossegar, a ansiedade de resolver o que havia acontecido com Alice, junto com o excesso de cafeína o deixaram elétrico, suas mãos tremiam e sua boca estava seca, pegou no telefone com pressa e discou o número de Adrian, mas o homem não atendeu e a ligação caiu pedindo para deixar recados.

- Adrian, eu liguei várias vezes e você não atendeu, eu espero que escute a mensagem - a voz de Arthur emanava um certo desespero - Eu descobri uma coisa naquele bordel que você me mandou investigar, Alice de fato tinha muitos segredos meu amigo - ele soltou uma risada nervosa - Mais o que importa nesse minuto é quem esta na minha lista de suspeitos, Hector Silvain! - Arthur mal pode conter sua animação - Eu vou seguir o senhor Silvain e ver o que ele faz quando não está trancado naquela sala enorme em seu prédio - disse de maneira apressada ainda segurando o telefone contra a orelha e o segurou com o ombro enquanto ajuntava alguns papéis sobre a mesa - Venha a minha casa e ai vamos poder conversar melhor, vou mandar o endereço - completou ele desligando o telefone, mandou o endereço de sua casa para Adrian, e logo após o guardou o celular no bolso da calça.

Arthur saiu do escritório e pegou a blusa de frio sobre o sofá e correu para fora, abriu a garagem e pegou sua motocicleta, colocou o capacete e acelerou saindo apressado. Hector tinha uma rede de lojas de luxo, espalhados pelos locais mais favorecidos da cidade, Arthur havia pesquisado, enquanto fazia seu quadro de investigações, cada uma das lojas, incluindo o prédio de onde Hector administrava tudo. Ele parou do outro lado da rua em frente ao prédio e esperou.

Não demorou muito para que Hector saísse do prédio, com seu segurança, entrou no carro e saiu no mesmo instante Arthur ligou a moto e saiu atrás seguindo Hector mantendo o máximo de discrição que conseguiu. Os minutos foram passando e Arthur percebeu que já haviam se afastado da área movimentada da cidade e já estavam entrando na parte das mansões exuberantes, foi ai que ele diminuiu deixando Hector ir na frente para não perceberem ele os seguindo, pois os únicos que passavam ali eram os ricos que moravam nas mansões das redondezas. Arthur tocou a moto até avistar o carro de Hector já dentro de uma das mansões, e que mansão era aquela, enorme e rodeada por árvores, incluindo um muro não muito alto e portões de grades, guardado por dois seguranças, o moreno escondeu a moto entre as pequenas moitas atrás de uma das árvores, caminhou silenciosamente por dentro do mato rodeando o muro da mansão. Arthur deu um pulinho segurando no muro e olhou por cima do mesmo vendo que os seguranças estavam ocupados com os portões, ele bateu o pé no muro e deu um impulso ficando sobre a parede em seguida desceu já do lado de dentro da mansão e se escondeu nas pequenas árvores que tinha ali apenas para enfeitar o jardim

Entre o Sangue e a Magia |Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora