Capítulo 21

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Os três subiram e entraram no escritório, Louise encarou a parede ficando boquiaberta, ela correu os olhos pelo lugar vendo o belo trabalho que Arthur havia feito, mas algumas coisas ela não estava entendendo. Ela se aproximou devagar da parede lendo com mais calma e com mais atenção e sua mente foi trabalhando juntando os pequenos pedaços de informações.

— Prostituta? — sua voz falhou e ela levou a mão na boca — Alice? — Louise se virou olhando Arthur.

— Adrian conseguiu o endereço do bordel e eu fui pesquisar, descobri que a chamavam de “perigosa” — indagou Arthur e pegou a lista do bordel que era da Alice — Ela tinha uma vida secreta Louise — Completou ele entregando a lista a Louise.

— Sim eu sei, encontrei o cara que ela namorava no cemitério — disse ela olhando a lista.

— Namorado? — Arthur perguntou surpreso e olhou Adrian, que estava parado próximo a parede com os braços cruzados enquanto escutava.

— Sim, o nome dele é Dante — respondeu Louise analisando o papel — E ele acho que não sabia sobre a vida secreta dela — indagou ela sacudindo o papel levemente no ar.

— Louise, esse cara pode ser um suspeito também! — exclamou Arthur se exaltando — Ele pode ter descoberto sobre a vida dela de meretriz e por ciúmes a matou — explicou ele a olhando e sorriu.

— Acho difícil, ele disse que estava viajando a negócios — Louise se sentou devagar dando levemente de ombros.

— Então onde estava a prova de que ele realmente estava viajando? — rebateu Arthur.

— Eu não sei Arthur! Não pensei em perguntar eu tinha acabado de fugir de um perseguidor — respondeu ela com um leve mau humor na voz.

— Está sendo seguida? — Arthur andou de um lado para o outro e coçou a cabeça — As vezes tenho a impressão de estar sendo seguido também — ele ficou pensativo e andou até a janela — Acho que o assassino sabe que estamos o procurando, talvez queira nos matar também — Arthur disse em um tom paranoico.

— Seja quem for que tenha matado a Alice, está querendo assusta-los — Adrian se pronunciou do outro lado da sala e os outros dois o olharam — Melhor...

— Melhor chamarmos a polícia! — interrompeu Louise e se levantou pegando o celular — Se for Hector que a matou a polícia vai investigar — ela pronunciou o nome de Hector com certa raiva e começou a discar o número da polícia.

— Louise — Adrian segurou sua mão pegando o telefone com calma — Não podemos fazer isso, não temos provas concretas, essas aqui são bem razoáveis — completou ele.

— Vamos chamar sim! — teimou ela pegando o telefone das mãos dele.

— Louise! — Adrian a olhou e segurou o telefone não deixando ela pegar — Se acusarmos Hector e não tivermos provas de que foi realmente ele, estaremos bem enrolados — completou ele a olhando.

— Não podemos, a polícia não vai entender — Arthur se pronunciou a olhando — O sobrenatural está no meio da história e...

— O que você disse? — exclamou Louise o olhando sem entender.

— O sobrenatural? Hector é bruxo — Arthur pegou o grimório e mostrou a ela — Ele tem uma galeria subterrânea em baixo da casa dele, eu estive lá Louise eu vi! — completou ele.

Louise pegou o grimório e foleou vendo os símbolos desenhados e voltou seu olhar a Arthur que a olhava com empolgação.

— Viu, esse cara é um psicopata — ele correu até as manchetes de jornais e mostrou a ela — Aqui, está vendo? — ele apontou os papéis — Hector morou em todas essas cidades, e em todas elas pessoas morreram, sem sangue e foram desovadas em lugares inusitados.

Entre o Sangue e a Magia |Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora