Capítulo 30

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"Nada é permanente, exceto a mudança

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"Nada é permanente, exceto a mudança." - Heráclito 


Dinesh estava decidido a fazer boas ações e provar que mudaria para melhor. Então, tornou-se mais presente para a sua família. Aos finais de semana, ele passeava com a Maya para diversos locais da cidade e, pela noite, ensinava Mahara a cozinhar. Às vezes, Kiran tirava um tempo para observá-lo de longe, sentindo uma estranha vontade de se aproximar do seu irmão mas a mágoa, carregada ao longo dos anos, continuava a machucar o seu coração.

Apesar de Dinesh o ajudar em sua jornada mística, o máximo que obteve foi uma leve risada do Kiran quando ambos recordaram de momentos juntos na infância. Infelizmente, o mais novo evitou contato com ele durante a semana que se sucedeu, deixando-o preocupado. Afinal, o presidente da empresa tinha uma importante viagem de negócios à Europa em poucos dias.

Por isso, ele passou boa parte daquela semana focando no seu trabalho já que não pôde se reconciliar com o Kiran.

— Eu sentirei a sua falta. — comenta Masaichi enquanto analisava alguns contratos. — E não ouse falar algo, seu convencido!

Dinesh ria fraco arqueando a sobrancelha.

— Não posso nem dar um beijinho?

— Como você é ousado!

O Yamir caía na risada por causa do comentário. Logo, ele se levantava apoiando a mão no ombro de Masaichi, abrindo um sorriso terno.

— Eu aprendi no retiro espiritual a ser grato. Então, obrigado por ser um bom vice diretor e um ótimo amigo. O baldi confiou na pessoa certa por todos esses anos.

Masaichi arregala os olhos surpreso, segurando o choro.

— V-Você só pode estar bêbado.

— Eu juro que não.

Então, os dois se abraçam e Dinesh dava leves tapinhas nas costas do homem. Por estar de costas, Masaichi não pôde perceber o olhar triste do seu amigo e, talvez, se olhasse não entenderia o motivo.

— O Raj sente orgulho de você, Dinesh. Eu sei que seu modo de administrar é um pouco bruto, mas é único. Você criou a sua própria marca e criará um legado com o passar dos anos.

Eu não acredito que terei tanto tempo, pensava Dinesh.

— Obrigado, Masaichi. Eu sou grato por trabalhar com você.

— Eu estou apaixonado por esse seu lado sentimental.

Dinesh se afastava franzindo o cenho e cruzando os braços.

— Eu vou te demitir!

— Eu sabia que estava bom demais para ser verdade.

Ao final do expediente, Dinesh se dirige para o escritório de Youko e a abraçava forte agradecendo por sua contribuição para a empresa. Inicialmente, a mulher ficava em um misto de confusão mas não demora muito para retribuir o gesto, sorrindo toda boba.

O filho perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora