Capítulo 3

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"A raiva é um vento que apaga a lâmpada da mente

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"A raiva é um vento que apaga a lâmpada da mente." - Robert Ingersoll


A casa ganhou um clima mais suave com o nascimento do bebê. Todos na família queriam ver o pequeno Kiran, exceto Indira que foi internada com falta de ar no mesmo dia que o neto nasceu. Então, ela prometeu visitá-lo quando estivesse recuperada e Aseem, paciente, decidiu esperar a melhora da esposa.

Em contrapartida, Maxwell não parava de mimar o seu segundo neto, colocando-o no colo sempre que o pequeno chorava. Raj tirou alguns dias de folga no trabalho para cuidar da família, além de supervisionar o seu filho mais velho pois temia vê-lo envolvido em outra briga. O Dinesh chegou no quarto um dia depois da vinda do Kiran para a casa, mas não o encarou muito porque as palavras maldosas das pessoas ainda ecoavam em sua mente.

Após três dias isolado em seu quarto, ele decidiu ver o pequeno Kiran que dormia tranquilamente. Pelo pouco tempo que o viu, sabia que o garotinho tinhas os olhos dourados da mãe. Apoiando-se no berço, Dinesh o admirou e um sorriso bobo surgiu em seus lábios até uma voz surgir atrás de si.

— Tão lindo dormindo, não é?

— Oh... Olá, mamadi...

Ele ainda tinha vergonha de si mesmo por ter perdido o controle na briga. Mahara aproximava-se do Dinesh e acariciava a sua cabeça antes de se sentar na cadeira ao lado do berço.

— Você não precisa se sentir assim, filho.

— O baldi... Ele disse que eu o decepcionei...

— Não pense muito nisso, o Raj disse no momento da raiva. Você é o orgulho dele, Dinesh.

Mesmo assim, o garoto não conseguia acreditar na hipótese do pai ter agido por puro impulso. Afinal, a força das palavras de Raj o atingiram em cheio e não pareciam ser falsas. Porém, para não preocupar a mãe, ele fingiu aceitar o argumento dela e voltou a admirar o Kiran dormindo.

Até que ele é fofo, pensava.

Depois disso, Dinesh fez o possível para não se irritar no colégio pois traria problemas para a sua família. Ele chegou cedo na sala para jogar os braços em cima da mesa, escondendo o rosto deixando um longo suspiro sair de seus lábios. Infelizmente, o garoto afasta-se dos seus pensamentos quando alguém bate na sua carteira. Então, ao erguer o olhar, depara-se com um dos amigos do menino que agrediu no campo de futebol.

— Oh, é voc-...

— Não ache que sairá impune, seu lixo! Eu farei com que todos se afastem de você e te tratem como...

— Eu não ligo.

— Hã?

— Por que eu iria querer amigos? — questiona arqueando a sobrancelha. — Para eles me abandonarem quando as coisas estiverem difíceis, como você fez com o seu "amigo" enquanto eu quebrava a cara dele?

O filho perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora