Capítulo 5

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"Todos nós sabemos o que é o medo

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"Todos nós sabemos o que é o medo. Mas a paixão nos faz ter coragem." - Paulo Coelho


Após as devidas apresentações, Shanti limpou os machucados do Dinesh com o soro fisiológico e depois colocou alguns curativos nas partes onde sangrava. Enquanto isso, o garoto não tirava os olhos dela admirando a sua gentileza e o brilho em seu olhar. Ravi passou a maior parte do tempo de braços cruzados, pois não havia concordado com a ideia de ajudá-lo desde o começo mas sabia como a irmã era teimosa. Quando ela colocava algo na cabeça, não iria desistir até conseguir.

— Por que está machucado?

— Eu acabei me metendo em uma briga.

— Eu sabia que ele não era uma boa pessoa.

— Fica quieto, Ravi! Nós nem o conhecemos, que direito temos de julgá-lo?

Os olhos de Dinesh ganham um brilho, pela primeira vez em anos, com as palavras gentis de Shanti. Involuntariamente, o sorriso em seus lábios aumenta e ele inclina o corpo em direção à garota. Ao notar a aproximação, ela acaba corando um pouco.

— Você é uma gracinha, Shanti.

— Ei, pare de dar em cima dela!

Porém, o garoto ignora o seu protesto para olhar no fundo dos olhos dela ainda sorrindo de forma mais natural.

— Obrigado por ter me ajudado.

— Sem problemas, mas não entre em brigas novamente. Por muito pouco, você não se machucou para valer.

Ele suspira pesadamente.

— Eu cansei de fugir da minha natureza, então aceitei que sou uma pessoa explosiva.

— Você é mais do que isso, Dinesh. Eu posso ver a gentileza que habita dentro de ti.

— Bobagem...

— Se é o que pensa. — dizia ficando de pé. — Vamos, Ravi.

— E-Espera!

— O que?

— Eu realmente quero mudar... Ser uma pessoa melhor. Eu estou de cansado de... — abaixava o olhar para as mãos machucadas. — Ser a decepção da família...

— Então, não desista por mais árduo que seja o caminho para se tornar um bom filho.

— Eu não desistirei, eu prometo.

— Você não tem cara de ser uma pessoa de promessas. — Shanti brinca.

— Não sou mas, graças à você, estou fazendo esse esforço.

Novamente, a garota corava mas o irmão dela tratava de cortar logo o clima.

— Melhor você ir para casa.

O filho perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora